Portugal Colonial - Bombeiros lutam contra chamas que não dão trégua em Brasília

Bombeiros lutam contra chamas que não dão trégua em Brasília
Bombeiros lutam contra chamas que não dão trégua em Brasília / foto: EVARISTO SA - AFP

Bombeiros lutam contra chamas que não dão trégua em Brasília

Bombeiros lutavam nesta segunda-feira (16) contra as intensas chamas que, na véspera, atingiram o Parque Nacional de Brasília, obrigando alguns vizinhos a usar baldes de água para proteger suas casas, em meio a uma onda de incêndios no país.

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Diante da gravidade da situação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu seu gabinete para avaliar novas medidas para conter o avanço do fogo, que também atinge importantes biomas, como a Amazônia e o Pantanal, a maior área úmida do planeta.

O maior incêndio do ano na capital envolveu a cidade em uma nuvem tóxica, um fenômeno que tem se repetido nas últimas semanas nas grandes cidades do país, como São Paulo e Rio de Janeiro.

A visibilidade era extremamente reduzida em alguns bairros, constatou a AFP.

Três focos de incêndio foram registrados no domingo no Parque Nacional de Brasília.

Com o uso de aviões e helicópteros, quase uma centena de brigadistas trabalha no combate às chamas.

De acordo com as autoridades, esse número deve aumentar enquanto as condições meteorológicas adversas persistirem: Brasília acumula mais de 140 dias sem chuva e níveis mínimos de umidade.

"Não tem previsão de a gente encerrar esse incêndio por enquanto", disse nesta segunda-feira Carolina Schubart, coordenadora de prevenção e combate a incêndios florestais da Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal, que abrange Brasília.

O incêndio na capital, que consumiu uma área de 1.200 hectares, teve início na Granja do Torto, nas proximidades do parque, que serve para proteger as bacias hidrográficas que fornecem água para a região de Brasília.

Diante desse cenário, alguns vizinhos se organizaram no domingo para defender suas casas com o que tinham à mão: simples baldes de água.

"Foi piorando. As chamas começaram a avançar com muita velocidade e com uma altura de mais ou menos seis metros, e a comunidade começou a se mobilizar", disse à AFP a enfermeira Simone Costa, de 51 anos, enquanto percorria com seu marido e sua filha os destroços causados pelas chamas perto de sua casa.

"Pegamos baldes com água e começamos a tentar controlar o fogo para que ele não avançasse ainda mais perto das residências. E graças a Deus conseguimos", acrescentou.

Embora as autoridades tenham indicado não possuírem relatórios de animais afetados, a família de Simone encontrou um tatu morto entre os escombros.

Embora sejam favorecidos por uma seca histórica, a qual os especialistas atribuem às mudanças climáticas, as autoridades afirmam que a maioria dos incêndios tem origem criminosa.

A.Magalhes--PC