
-
Médicos criam marcapasso menor que um grão de arroz
-
LaLiga comunica que Barcelona não cumpriu fair play financeiro para inscrever Dani Olmo
-
Juiz arquiva acusações de corrupção contra prefeito de Nova York
-
Console Switch 2 estará disponível em 5 de junho, anuncia a Nintendo
-
IA chega no anime, mas Miyazaki do Ghibli é insubstituível, diz filho
-
Migrantes cubanos se conformam com o sonho mexicano por causa de Trump
-
Casa Branca adota estilo de comunicação da extrema direita
-
Exposição em Paris mostra vestígios milenares de Gaza
-
A alegria e a fúria de uma banda de rock em turnê na Ucrânia
-
Bloqueio israelense força o fechamento das padarias em Gaza
-
Ancelotti diz que nunca quis cometer fraude fiscal e culpa o Real Madrid
-
Auge das baterias provoca epidemia de intoxicação por chumbo em Bangladesh
-
Após longa hospitalização, papa Francisco enfrenta desafio de imagem pública
-
Reino Unido impõe autorização de viagem aos turistas europeus
-
Presidente salvadorenho Bukele se gaba de sua aliança 'de ferro' com Trump
-
MP da Espanha vai recorrer contra anulação da condenação de Daniel Alves por estupro
-
Junta birmanesa retoma 'atividades' contra os rebeldes após terremoto
-
Trump anuncia novas tarifas no 'Dia da Libertação'
-
China simula ataques durante manobras militares perto de Taiwan
-
Israel expande ofensiva em Gaza para tomar 'grandes áreas'
-
Trump sofre primeira derrota eleitoral após votação para Suprema Corte de Wisconsin
-
Ator Val Kilmer morre aos 65 anos
-
Fortaleza perde para Racing (3-0) em casa em sua estreia na fase de grupos da Libertadores
-
Gari resgata bebê no meio do lixo no Rio de Janeiro
-
EUA 'tem características de autocracia', diz Arias após ter o visto cancelado
-
Botafogo inicia contra Universidad de Chile luta pelo bi da Libertadores
-
Juiz suspende plano de Trump de revogar status de proteção de venezuelanos
-
Junta militar do Níger liberta ministros de governo deposto
-
Escritório de advocacia do marido de Kamala fecha acordo com Trump
-
Chefe da Boeing admitirá 'graves erros' dos últimos anos no Senado dos EUA
-
Real Madrid empata com Real Sociedad (4-4) na prorrogação e vai à final da Copa do Rei
-
Cinemas dos EUA pedem prazo de 45 dias para filmes chegarem ao streaming
-
Turquia multa Meta por manter contas ligadas a protestos
-
EUA vai enviar segundo porta-aviões para o Oriente Médio
-
PSG vira sobre Dunkerque (4-2) e vai à final da Copa da França
-
Os quatro Beatles terão suas cinebiografias em 2028
-
Bielefeld, da 3ª divisão, surpreende Leverkusen (2-1) e vai à final da Copa da Alemanha
-
Arsenal vence Fulham no retorno de Saka, mas perde Gabriel Magalhães lesionado
-
Milhares de húngaros protestam contra lei que proíbe parada do Orgulho
-
Rússia e Ucrânia notificam EUA sobre bombardeios contra instalações de energia
-
EUA admite 'erro' na expulsão de migrante para El Salvador
-
Departamento de Saúde dos EUA inicia demissão de 10 mil trabalhadores
-
Órgão dirigente defende juízes espanhóis que anularam a condenação de Daniel Alves
-
Imigrantes recorrem ao WhatsApp para se anteciparem a ações de deportação nos EUA
-
Oposição reafirma soberania da Venezuela sobre região disputada com a Guiana
-
Trump se mostra otimista após conversa com presidente do Egito sobre Gaza e Iêmen
-
Premier League adota tecnologia do impedimento semiautomático
-
Virginia Giuffre, que acusou príncipe Andrew de agressão sexual, sofre grave acidente
-
Indicado de Trump para as Forças Armadas dos EUA promete ser um líder imparcial
-
Senador americano protesta contra política de Trump em discurso de mais de 18 horas

Mudanças climáticas dobraram probabilidade de enchentes históricas no RS, aponta estudo
As mudanças climáticas dobraram a probabilidade de que ocorressem as cheias que devastaram o Rio Grande do Sul, e intensificaram as chuvas causadas pelo fenômeno El Niño, informaram cientistas nesta segunda-feira (3).
O equivalente a três meses de chuva caiu no estado em duas semanas, em um “evento extremamente raro, previsto para ocorrer apenas uma vez a cada 100-250 anos”, destaca um estudo publicado pelo grupo World Weather Attribution ( WWA).
O dilúvio, que durou vários dias desde o fim de abril, submergiu cidades, incluindo a capital, Porto Alegre, e seu aeroporto internacional, e afetou mais de 90% dos municípios da região, que tem o tamanho do Equador.
A catástrofe deixou 172 mortos e 600 mil desabrigados. “Os investigadores estimaram que as alterações climáticas tornaram o evento duas vezes mais provável e entre 6% e 9% mais intenso”, afirmou a WWA em comunicado.
Por outro lado, os efeitos do fenômeno El Niño tornaram a precipitação até 10% mais intensa, acrescentou a rede global de cientistas que avalia a relação entre fenômenos meteorológicos extremos e o aquecimento.
“O que é assustador sobre essas inundações é que elas nos mostram que o mundo precisa estar preparado para eventos tão extremos que são diferentes de tudo o que já vimos”, disse Maja Vahlberg, consultora de risco climático do Centro do Clima da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Regina Rodrigues, pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina, disse que o desastre mostrou que o El Niño pode ser extremamente perigoso, mesmo quando está em fase de enfraquecimento, como a atual. “As mudanças climáticas estão intensificando o impacto do El Niño no sul do Brasil, tornando um evento extremamente raro mais frequente e intenso”, afirmou.
Das quatro maiores enchentes que Porto Alegre já sofreu em sua história, “três ocorreram nos últimos nove meses”, disse Regina em entrevista coletiva. “Isso é muito estranho”, pontuou.
- Falsa sensação de segurança -
O Rio Grande do Sul é particularmente vulnerável a inundações, pois abriga um vasto sistema fluvial, que atravessa grande parte do seu território. Porto Alegre está localizada às margens do Guaíba, onde cinco rios convergem antes de desaguar em uma das maiores lagoas de água doce da América do Sul, a Lagoa dos Patos.
Até 2023, a região havia passado seis décadas sem sofrer grandes inundações, o que pode ter dado aos seus habitantes uma falsa sensação de segurança, estimou Maja Vahlberg.
Um extenso sistema de proteção contra enchentes em Porto Alegre, construído após as graves inundações de 1941 e 1967, foi projetado para suportar níveis de água de até seis metros. No entanto, Maja afirma que a falta de manutenção fez com que o dispositivo começasse a falhar quando as águas atingiram 4,5 metros.
Criticado por alguns moradores da cidade por obstruir a visão do Guaíba, houve falta de investimento e, nos últimos anos, pressão para desmantelá-lo por completo.
- 'Amortecer o impacto' -
Alertas foram emitidos uma semana antes da tragédia no Rio Grande do Sul, mas é possível que não tenham alcançado a maioria e “a população pode não ter entendido a gravidade do impacto esperado”, disse Maja. Cientistas ressaltaram que o desmatamento para dar lugar à agricultura e à urbanização rápida também “piorou os efeitos”.
O estudo da WWA citou dados que mostram que 22% da vegetação nativa do estado foi perdida em menos de quatro décadas, grande parte dela substituída por plantações de soja. Pelo menos 240 assentamentos informais, 80 comunidades indígenas e 40 comunidades de descendentes de africanos escravizados foram gravemente afetados pelas enchentes.
“Implementar políticas que tornem as pessoas menos vulneráveis, aumentar a proteção contra inundações e restaurar ecossistemas naturais para amortecer o impacto das fortes chuvas são algumas formas com as quais os governos podem prevenir a perda humana e limitar os danos causados por esses eventos”, ressaltou Maja.
A.Seabra--PC