- Mbappé 'faz o que quiser no tempo libre', defendem seus companheiros
- Capacetes azuis permanecerão na fronteira entre Líbano e Israel apesar dos ataques, diz porta-voz à AFP
- Bielsa diz que críticas de Suárez não influenciaram na derrota do Uruguai pelas Eliminatórias
- Sabalenka vence Gauff e vai à final do WTA 1000 de Wuhan
- Habitantes de Hiroshima veem Nobel da Paz como lembrete importante
- Apoiadoras de Kamala Harris criam linha de esmaltes para incentivar o voto nos EUA
- Sinner garante fim de ano como nº 1 e vai à final do Masters de Xangai com Djokovic
- A difícil gestão da memória histórica em Atenas, libertada do jugo nazista há 80 anos
- Kamala publica boletim médico para comprovar estado de saúde e confrontar Trump
- Cometa Tsuchinshan-Atlas será visível do hemisfério norte por várias noites
- Espanha e México travam batalha pela memória
- China contrairá dívidas enormes para estimular a sua economia
- Hezbollah dispara contra Israel no dia do feriado de Yom Kippur
- Peru vence Uruguai (1-0) no encerramento da 9ª rodada das Eliminatórias e deixa lanterna
- Justiça suíça arquiva caso de Valcke, ex-secretário-geral da Fifa acusado de revenda de ingressos
- 'Morrerei na prisão', antecipava em suas memórias o opositor russo Navalny
- Trump demoniza imigrantes em comício no Colorado
- Justiça da Venezuela nega anulação de sentença que valida reeleição de Maduro
- Kamala Harris aparece na capa da Vogue como 'candidata do nosso tempo'
- Boeing vai cortar 10% dos funcionários e adiar entregas
- Trabalhadores brigam em obra do novo Camp Nou
- Pochettino estreia como técnico dos Estados Unidos em amistoso contra o Panamá
- Com Van Dijk expulso, Holanda salva empate na visita à Hungria (1-1) na Liga das Nações
- FMI reduz sobretaxas aplicadas a países muito endividados
- Alemanha vence em sua visita à Bósnia (2-1) na Liga das Nações
- Governo inicia bloqueio de 2.000 sites de apostas online considerados ilegais
- Djokovic diz ter 'sempre vontade de jogar', após anúncio da aposentadoria de Nadal
- MSF retoma atendimento a migrantes na floresta panamenha de Darién
- Morre Baltazar Ushca, o último quebrador de gelo do vulcão Chimborazo no Equador
- Com apoio a Donald Trump, carreira de Musk dá guinada política
- TikTok sabia dos efeitos nocivos da sua plataforma sobre os jovens, diz documento
- Trump visita a cidade que estigmatiza como exemplo de criminalidade de migrantes
- Ucrânia pede que aliados mantenham apoio militar para conseguir fim da guerra com a Rússia em 2025
- Furacão Milton deixa ao menos 16 mortos na Flórida, que começa a se reconstruir
- Países do sul da UE se reúnem no Chipre em cúpula centrada no Oriente Médio
- Toyota volta à Fórmula 1 em parceria com a escuderia Haas
- Efeito 'Hallyu': como a cultura sul-coreana se tornou um fenômeno global?
- Djokovic vence Mensik e vai enfrentar Fritz nas semifinais do ATP 1000 de Xangai
- Coco Gauff e Sabalenka vão se enfrentar nas semifinais do WTA 1000 de Wuhan
- Wanda, a máquina que impede que toneladas de lixo cheguem ao mar do Panamá
- Chefe de segurança do Hezbollah era o alvo de intenso bombardeio israelense em Beirute
- Zelensky conclui viagem à Europa após reunião com papa e chanceler alemão
- Governo trabalhista britânico completa 100 dias com muitos eleitores decepcionados
- Musk apresenta robotáxi da Tesla e promete que chegará ao mercado em 2027
- Zelensky conversa com o papa no Vaticano
- Organização japonesa antiarmas atômicas Nihon Hidankyo vence Prêmio Nobel da Paz
- Obama ataca 'loucura' de Trump e pede 'virada de página' com Kamala
- Brasil vence Chile de virada (2-1) em Santiago pela 9ª rodada das Eliminatórias
- Eleitores latinos indecisos interpelam Kamala sobre segurança e imigração
- Mundo do esporte homenageia Nadal após anúncio de sua aposentadoria
Criação de novas proteínas, um campo promissor contemplado com o Nobel de Química
Prever a estrutura das proteínas e criar novas para o tratamento de doenças ou para degradar plásticos é um campo promissor explorado pelos americanos David Baker e John Jumper, e pelo britânico Demis Hassabis, contemplados, nesta quarta-feira (9) com o Prêmio Nobel de Química.
- O que é uma proteína? -
As proteínas são moléculas que desempenham um papel fundamental em quase todas as funções dos organismos vivos.
São compostas de uma sequência de aminoácidos, blocos básicos de 20 tipos diferentes que podem ser combinados infinitamente. Seguindo as instruções armazenadas no DNA, os aminoácidos de uma proteína se entrelaçam para formar uma longa cadeia que se retorce, adotando uma estrutura tridimensional específica.
A ordem dos aminoácidos determina qual será a estrutura tridimensional da proteína. E é essa estrutura que dá à proteína a sua função.
"As proteínas são teu sistema imunológico; as enzimas, que também são proteínas, são a digestão", explica à AFP Sophie Sacquin-Mora, especialista do Laboratório francês de Bioquímica Teórica.
"Buscar uma estrutura equivale a querer encontrar uma proteína com uma função específica. A natureza já nos proporciona dezenas de milhares de proteínas diferentes, mas às vezes queremos que faça algo que ainda não sabe fazer", acrescenta.
- O que os premiados com o Nobel descobriram? -
O americano David Baker "decifrou o código" da sequência de aminoácidos, nas palavras do Comitê Nobel. Ele desenhou uma estrutura de proteína completamente nova e, com ajuda do Rosetta, programa de computador criado por ele, conseguiu determinar qual sequência de aminoácidos permitiria obter um determinado resultado.
O Rosetta explorou uma base de dados de todas as estruturas proteicas conhecidas e buscou pequenos fragmentos de proteínas que mostrassem semelhanças com a estrutura desejada. Em seguida, otimizou estes fragmentos e propôs uma sequência de aminoácidos.
O britânico Demis Hassabis e o americano John Jumper fizeram o caminho inverso, prevendo como seria uma proteína a partir da sequência de aminoácidos.
Para isso, usaram inteligência artificial. Com redes neurais artificiais e aprendizagem profunda, com as quais John Hopfield e Geoffrey Hinton foram premiados na terça-feira com o Nobel de Física, eles treinaram seu modelo, AlphaFold2, alimentando-o com todas as sequências de aminoácidos e as estruturas correspondentes conhecidas até hoje.
Diante de uma sequência desconhecida, o AlphaFold2 compara as semelhanças com as sequências já conhecidas e elabora um mapa que estima a distância entre cada aminoácido nas proteínas, e pouco a pouco consegue montar o quebra-cabeças tridimensional. Assim, conseguiram prever a estrutura de quase a totalidade das 200 milhões de proteínas conhecidas.
- Para que serve? -
Visualizar a estrutura de uma proteína permite "compreender melhor porque certas doenças se desenvolvem, como se produz a resistência aos antibióticos ou porque alguns micróbios conseguem decompor o plástico", destaca o Comitê Nobel.
Criar proteínas com novas funções "pode levar a novos nanomateriais, a medicamentos específicos, ao desenvolvimento mais rápido de vacinas, a desenvolver sensores minimalistas e uma indústria química mais ecológica", acrescenta.
Durante o anúncio do Nobel, David Baker mencionou a criação de novos antivirais durante a pandemia de covid-19.
"Se trabalhássemos de forma aleatória, só fazendo combinações, levaria muito tempo" para criar novas proteínas, detalha Sacquin-Mora.
"Neste caso, partimos de uma proteína que conhecemos um pouco, que sabemos que funciona, e fazemos modificações, especialmente na sequência, de forma muito específica, para obter a função que nos interessa exatamente. Fazemos 50 tentativas ao invés de cinco milhões, o que representa uma economia considerável de tempo", diz.
M.A.Vaz--PC