- 'Ser proativo', a melhor defesa diante das deportações em massa anunciadas por Trump
- Venezuela aumenta em 10% seu orçamento para 2025, ano marcado por incertezas
- Países pobres pagaram valor recorde em 2023 para honrar suas dívidas (BM)
- Reino Unido não travará devolução dos mármores do Partenon se Museu Britânico decidir, diz Grécia
- Ancelotti afirma que Mbappé não bateu pênalti por 'responsabilidade e altruísmo'
- Báculo, oitava e homilia: um pequeno glossário religioso para a reabertura de Notre-Dame
- Morre Neale Fraser, lenda do tênis australiano e vencedor de 19 Grand Slams
- PIB do Brasil cresce 0,9% no terceiro trimestre
- A batalha contra a mineração ilegal de ouro na Colômbia
- Ofensiva rebelde se aproxima de cidade crucial no centro da Síria
- Biden visita Angola para reafirmar ambições americanas na África
- Presidente de Taiwan chega às Ilhas Marshall em viagem condenada pela China
- Cinco curiosidades históricas sobre a Notre-Dame de Paris
- Ministros da Otan se reúnem em Bruxelas sob forte pressão da Ucrânia
- Assembleia francesa debaterá moções de censura contra o governo nesta quarta-feira
- Conheça um dos últimos alfaiates do Vaticano
- Presidente do Irã critica nova lei sobre véu
- O 'despertar' do órgão, uma das etapas da reabertura da Notre-Dame
- Saquê, henna e pão de mandioca esperam entrar na lista do Patrimônio Imaterial da Unesco
- Notre-Dame de Paris reabre as portas no sábado após grande restauração
- Trump afirma que vai bloquear venda da siderúrgica US Steel para japonesa Nippon Steel
- Justiça do Vietnã confirma pena de morte para magnata do setor imobiliário
- Justiça dos EUA rejeita de novo o megapacote de compensação de Musk na Tesla
- Trump participará de reabertura de Notre-Dame em Paris
- Manifestantes pró-União Europeia mantêm mobilização na Geórgia
- Zagueiro Dante, do Nice, será operado do joelho nesta 3ª feira
- Caravana de migrantes tenta chegar aos EUA antes de posse de Trump
- Venezuela violou direitos de Capriles nas eleições de 2013, diz Corte IDH
- Atalanta vence Roma por 2 a 0 e segue na cola do líder, Napoli
- Zelensky pede a chanceler alemão mais armas e apoio para uma paz 'justa' com a Rússia
- Russo-americano é preso nos EUA após tentar contrabandear aeronaves para a Rússia
- Mujica admite crítica 'grosseira' a Kirchner, mas reforça necessidade de renovação
- Itália será sede da fase final da Copa Davis nos 3 próximos anos
- Novos documentos revelam problemas legais por trás da separação dos Beatles
- City se apega a um 'reset' urgente para salvar temporada
- Biden chega a Angola em 1ª e única visita de seu mandato à África
- Para Egito, diálogo Fatah-Hamas busca dar à Autoridade Palestina controle total de Gaza
- Kompany espera que Kane volte a jogar antes de janeiro
- Grupo que esteve envolvido com a Al Qaeda lidera ofensiva no norte da Síria
- Jack Doohan, filho de Michael Doohan, correrá com a Alpine em Abu Dhabi
- EUA adota novas medidas para restringir exportação de semicondutores para China
- Inflação nos EUA segue rumo à meta apesar de obstáculos, diz responsável do Fed
- Israel e Hezbollah trocam acusações de violação da trégua no Líbano
- Premiê francês enfrentará moção de censura após aprovar parte do orçamento sem voto parlamentar
- Glovo cede à pressão do governo e contratará seus entregadores na Espanha
- Groenlândia volta a prorrogar prisão do defensor das baleias Paul Watson
- França investiga acidente de ônibus que transportava colombianos residentes na Espanha
- China pede que EUA 'pare de se intrometer' em Taiwan
- Presidente da Síria denuncia tentativa de 'redesenhar' o mapa do Oriente Médio após ofensiva rebelde
- Tumulto em partida de futebol na Guiné deixa 56 mortos
Camisas de Mandela seguem na moda na política sul-africana
A lenda das camisas coloridas de Nelson Mandela, que passou muitos anos na prisão para se preocupar em vestir ternos e preferia trajes mais africanos, continua viva em um atelier de Joanesburgo que segue confeccionando as roupas de diversos políticos sul-africanos.
Em meio a máquinas de costura, cabides e fotografias dos heróis da luta contra o apartheid, Sonwabile Ndamase, 64 anos, explica com entusiasmo as origens dessa história.
Foi Winnie Mandela, esposa do icônico ativista, que entrou em contato com o estilista logo depois que o principal inimigo do regime racista foi libertado da prisão em 1990. O futuro chefe de Estado precisava de um guarda-roupa.
O estilista autodidata foi até Soweto, na casa do casal. "Lá, ele me explicou que queria um guarda-roupa que fosse suficientemente elegante e conservador para se dirigir aos chefes da indústria, mas sem ter que mudar se encontrasse pessoas na rua", disse à AFP.
Madiba, seu nome de clã, ou Tata (pai em xhosa), como muitos sul-africanos o chamam carinhosamente, queria um estilo que o distinguisse de outros chefes de Estado e que não exigisse o uso de gravata.
O designer concebeu camisas de seda largas, casuais, mas elegantes, com bastante originalidade que até hoje é associada a Mandela, mais de uma década após sua morte em 2013, aos 95 anos.
Vestidas com calças e sem paletó, as camisas Madiba continuam na moda entre os políticos sul-africanos.
A lista de clientes de Ndamase inclui o atual presidente Cyril Ramaphosa e seus antecessores Thabo Mbeki e Jacob Zuma. Ele também veste vários ministros ou porta-vozes do partido CNA de Mandela, que ainda está no poder.
- "Reivindicar a lenda" -
Bill Clinton e o boxeador americano Mike Tyson também têm uma "camisa Madiba" em seu guarda-roupas, aponta o estilista com um sorriso.
"É uma forma de reivindicar a lenda, de mostrar que aspiramos à ética de Mandela", diz ele.
Os motivos são simétricos e de inspiração oriental. Cores densas, como bordô, cinza escuro ou azul royal, contrastam com tons mais discretos, como o bege arenoso das folhas e dos galhos na estampa.
A herança de Mandela é imediatamente reconhecível em todos os seus modelos.
O alfaiate de barba grisalha, que imita perfeitamente a voz rouca de Mandela, viajará para Nova York em setembro para ensinar suas habilidades a jovens estilistas.
Ele também aproveitará a ocasião para apresentar sua marca Vukani a compradores e celebridades em um evento glamouroso para comemorar o 30º aniversário da eleição do primeiro presidente negro da África do Sul.
Ndamase, que estrelará um próximo documentário nos EUA, ri dos muitos impostores que afirmam ter sido os primeiros a criar a camisa Madiba ou que vendem versões de seus modelos, que atualmente custam cerca de 1800 rands (cerca de US$ 100 ou R$ 540).
O designer, que Winnie Mandela disse ser "parte do cenário" de sua vida, jura que nunca quis explorar comercialmente o nome do líder sul-africano. "A relação que eu tinha [com eles] era familiar", diz ele.
Nascido na cidade de Mdantsane, na região Xhosa de onde Mandela também veio, Ndamase passa a maior parte do tempo atrás de sua máquina de costura.
"Ainda estou vivendo um sonho", diz ele enquanto faz um modelo para sua próxima coleção.
P.L.Madureira--PC