
-
Líder Barça empata com Betis (1-1) e desperdiça chance de disparar após derrota do Real Madrid
-
Dembélé, Vitinha, Pacho, Doué... os destaques do título do PSG
-
"O que estou vivendo é um pouco injusto", diz Sinner
-
Thomas Müller anuncia sua saída do Bayern de Munique após 25 anos no clube
-
Arsenal empata com Everton e se distancia do título do Inglês antes de receber Real Madrid na Champions
-
Paixão dos EUA por tarifas raramente dá resultados, alertam economistas
-
Líder Inter cede empate contra o Parma (2-2) e Napoli pode ficar na cola
-
Leverkusen vence Heidenheim nos acréscimos (1-0) e segue na caça ao líder Bayern
-
Pixi Kata Matis, cineasta indígena brasileiro: 'Nosso futuro é viver entre dois mundos'
-
Os últimos dez campeões da Ligue 1
-
Real Madrid perde em casa para Valencia nos acréscimos e Barça pode disparar na liderança
-
PSG vence Angers (1-0) e é campeão francês pela 13ª vez em sua história
-
Milhares vãos às ruas nos EUA contra Donald Trump
-
Senado dos EUA controlado por republicanos avança com cortes de impostos de Trump
-
Bunkers da Finlândia atraem interesse de vários países
-
Setor marítimo tem semana decisiva para reduzir emissões de gases poluentes
-
Entra em vigor tarifa de 10% sobre grande parte das importações para os EUA
-
Vídeo mostra últimos momentos de socorristas mortos em Gaza, diz Crescente Vermelho
-
Milhares de pessoas manifestam apoio a presidente destituído Yoon em Seul
-
Terremoto em Mianmar já deixou mais de 3.300 mortos
-
Líder da Coreia do Norte dispara rifle de precisão em visita a soldados
-
Verstappen supera McLarens e conquista pole do GP do Japão; Bortoleto larga em 17º
-
Los Angeles pagará US$ 4 bilhões por abusos sexuais em lares infantis
-
Morre ex-cardeal americano McCarrick, destituído por acusações de violência sexual
-
Guerra comercial de Trump oferece oportunidade à China
-
Wall Street despenca quase 6% por guerra comercial lançada por Trump
-
'Ainda há muito a ser feito' para os indígenas, admite Lula ao cacique Raoni
-
Juíza ordena retorno aos EUA de imigrante deportado por erro a El Salvador
-
Bayern vence Augsburg de virada, mas Musiala sofre lesão e preocupa
-
Califórnia quer ficar isenta de represália comercial contra os EUA
-
Sean 'Diddy' Combs enfrenta mais acusações antes de seu julgamento
-
Trump dá mais 75 dias para que TikTok encontre um comprador não chinês
-
Procuradora-geral de Israel aponta 'conflito de interesses' na destituição do chefe de segurança
-
Presidentes da América Latina se reúnem em Honduras em meio à guerra comercial de Trump
-
Old Trafford recebe clássico entre City e United na 31ª rodada do Inglês
-
Exército de Israel intensifica operações em Gaza
-
Restaurantes e produtores dos EUA preocupados com novas tarifas
-
Arteta espera 'parte mais bonita da temporada' para o Arsenal
-
Zagueiro alemão Mats Hummels anuncia aposentadoria ao fim da temporada
-
Ator e comediante britânico Russell Brand é acusado de estupro
-
Trump disse que China 'entrou em pânico' com guerra comercial
-
Fed alerta que aumento de tarifas causará mais inflação e menor crescimento nos EUA
-
Trump não minou compromisso de defesa coletiva na Otan, diz seu chefe à AFP
-
Luis Enrique quer PSG invicto no Francês 1 até o final da temporada
-
Bolsas e petróleo continuam em queda após China anunciar novas tarifas contra EUA
-
Uefa multa Mbappé, Ceballos e Rüdiger por 'comportamento indecente'
-
Martinelli diz que sair da embaixada da Nicarágua no Panamá era uma 'armadilha vil'
-
Mbappé ganha estátua no museu de cera Madame Tussauds de Londres
-
'Acho que o Barcelona tem muito respeito pelo Real Madrid', diz Ancelotti
-
De Bruyne deixará Manchester City ao final da temporada

A última viagem de Lydie, uma francesa que optou pela eutanásia na Bélgica
A francesa Lydie Imhoff, hemiplégica de nascimento e praticamente cega, perdeu gradualmente o uso de suas extremidades. Aos 43 anos, optou pela eutanásia na Bélgica por "medo de viver em um corpo morto".
Seu primeiro encontro com a AFP foi em março de 2023, após sua consulta com um psiquiatra em Bruxelas, que a autorizou a seguir com o procedimento.
No início de 2024, a AFP acompanhou-a em sua viagem da cidade francesa de Besançon, onde vivia com seu coelho Lucky, para Bruxelas, onde foi submetida à eutanásia, e suas cinzas foram espalhadas.
- 30 de janeiro, Besançon
O apartamento de Lydie em Besançon estava quase vazio, e seu coelho se movia junto com a cadeira de rodas.
"Por um lado, tenho pressa para me libertar. Por outro, sinto-me culpada por abandonar as pessoas que amo. Mas a escolha é minha", diz ela, acrescentando em tom de brincadeira: "Espero não esquecer de colocar as chaves na caixa de correio, ou vão matar!".
- 31 de janeiro, rumo a Bruxelas
O anestesista Denis Rousseaux e sua esposa, a enfermeira Marie-Josée, chegam a casa de Lydie, em um veículo alugado.
O casal aposentado ajuda Lydie desde 2023. Como não tem relações com a família, depende de amigos e voluntários.
Depois de colocar a cadeira de rodas no porta-malas, Rousseaux liga o carro. "É um gesto humano", diz.
- 31 de janeiro, almoço em Longwy
O veículo para em Longwy, no departamento francês de Meurthe-et-Moselle, para um encontro com Claudette Pierret, ativista da eutanásia.
Foi Pierret quem colocou Lydie em contato com Yves de Locht, médico belga que realizará o procedimento.
"Estou cansada de lutar contra minha vida diária, contra a doença, contra minha deficiência, contra tudo", diz Lydie.
Após o almoço, seguem para Bruxelas.
Quando chegam ao hospital, Lydie se instala em uma grande sala com decoração marítima. "Qual é o jantar do condenado hoje à noite?”, brinca.
- Quarta-feira, 31 de janeiro, no hospital
Antes de sua última noite, Lydie fala com De Locht.
- "Continua disposta a fazê-lo?"
- "Sim. Tem certeza que não vou acordar, de verdade?"
- "Diga-me o que sente agora em seu coração".
- "Penso nas pessoas que deixo para trás".
- "Já sabe o que pensarão. Apesar da tristeza, dirão que descansou".
- Quinta-feira, 1° de fevereiro
Apesar dos protestos de agricultores, o médico chega a tempo e pergunta a Lydie pela última vez se realmente quer morrer.
A resposta, novamente, é positiva.
De Locht tem a ajuda de Wim Distelmans, chefe do departamento de cuidados paliativos. Ele é quem prepara uma mistura com três ampolas de tiopental sódico.
Rousseaux apresenta Lydie a Distelmans. "Ele é o chefão?" pergunta, provocando risos.
Todos estão perto da cama. Trocam as últimas palavras e De Locht anuncia: "Lydie, me despeço".
"Nos veremos lá em cima?", pergunta. "Sim, saudações aos belgas, saudações aos franceses."
- "Nós a libertamos"
"A doença estava matando-a aos poucos e cessei seu sofrimento, o que corresponde a minha ética como médico. Não sinto em absoluto que a matei, sinto que interrompi sua dor", disse De Locht.
Em sua sala, o professor Distelmans prepara os papéis que entregará à Comissão de Controle. Antes de ir, fala com Rousseaux e sua esposa: "Nós a libertamos", diz.
Quatro dias depois, seu corpo foi cremado, e as cinzas, lançadas no jardim de um memorial, nos arredores de Bruxelas, sem a presença de familiares.
A lei belga de 2002 que descriminalizou a eutanásia exige ao menos duas opiniões coincidentes para a realização do procedimento, a de um psiquiatra e de um médico da família.
O texto determina que o pedido deve responder a um sofrimento "constante, insuportável e irremediável" resultado de uma condição "grave e incurável".
Em 2022, foram realizadas 2.966 eutanásias na Bélgica, segundo a comissão federal de controle e avaliação. Deste total, 53 pessoas viviam na França.
A.F.Rosado--PC