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Legado de Carter sobrevive em uma paz sólida, porém fria, entre Egito e Israel
O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, falecido no domingo, conseguiu negociar um tratado de paz histórico entre o Egito e Israel que, embora seja considerado frio e instável, tem se mantido até mesmo durante a atual guerra em Gaza.
"Em 45 anos não tivemos nenhuma guerra" com o Egito, disse à AFP Ruth Wasserman Lande, uma ex-diplomata israelense no Cairo. Mas também "não iria tão longe a ponto de dizer que é uma paz", acrescentou.
Egito e Israel mantiveram estreitas relações comerciais, colaboraram em questões de segurança e diplomáticas durante quase meio século desde o acordo que fez do Cairo o primeiro governo árabe a reconhecer Israel.
O tratado de paz de 1979 resultou na retirada israelense da península do Sinai, ocupada durante a guerra de 1967, e o Cairo se tornou um dos principais receptores de ajuda militar dos Estados Unidos, junto com Israel, seu vizinho.
No entanto, para os egípcios comuns, Israel ainda é um inimigo público.
Os funcionários do governo do Cairo, por exemplo, evitam referências claras a Israel nas comunicações sobre economia, apesar do peso importante no comércio de energia.
A devastadora guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, ambos fronteiriços com o Egito, revitalizou a longa história de solidariedade dos egípcios com os palestinos.
Por outro lado, os turistas israelenses, que costumavam visitar em massa os balneários no Sinai, deixaram de fazê-lo em outubro de 2023, quando eclodiu a guerra devido ao ataque do Hamas a Israel.
Alguns analistas acusam Israel de violar o acordo de paz com suas ações em Gaza.
O professor da Universidade do Cairo, Mustapha Kamel al Sayyid, considera que a tomada israelense do lado palestino da fronteira entre Gaza e o Egito em maio passado foi uma "violação flagrante do tratado" de paz.
Mas, mesmo assim, o acordo sobrevive, se mantém, e os analistas concordam que nenhum dos dois governos considera suspender o tratado.
Na segunda-feira, tanto o presidente egípcio, Abdel Fattah al Sissi, quanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prestaram homenagem ao legado diplomático de Carter, que lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz.
- "Tendencioso" ou "justo"? -
Embora os analistas concordem que não há questionamento sobre o tratado, a paz nunca se tornou amizade.
Meio século depois do histórico acordo assinado pelo presidente egípcio Anwar al Sadat e o primeiro-ministro israelense Menachem Begin, em Camp David, em setembro de 1978, Carter é visto de maneira diferente de cada lado da fronteira.
No dia 6 de outubro de 1981, Anwar al Sadat foi assassinado por islamistas egípcios, que o acusaram de cometer uma traição que merecia a morte.
Do lado israelense, "nas últimas décadas, as críticas de Carter à política israelense levaram uma parte significativa da opinião pública a ver sua atitude como tendenciosa e desequilibrada em relação a Israel", estima Ofir Winter, pesquisador principal do Instituto de Estudos de Segurança Nacional da Universidade de Tel Aviv.
Carter se opôs firmemente à expansão dos assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados e acusou Israel de praticar uma política de apartheid.
Em 2015, Benjamin Netanyahu se recusou a se reunir com Carter durante uma visita a Israel.
Por sua vez, Mustapha Kamel al Sayyid, professor de ciências políticas da Universidade do Cairo, acredita que Carter será lembrado como "o presidente americano que demonstrou ser o mais justo com os árabes".
- "Ninguém quer guerra" -
No Cairo, não há bandeira de Israel desde que manifestantes invadiram a embaixada israelense após a revolução egípcia de 2011.
Quando retornou em 2015, a missão diplomática israelense passou a operar a partir da residência do embaixador no luxuoso bairro de Maadi, ao sul do Cairo, mas quase uma década depois ainda não tem um endereço oficial na capital.
Segundo Winter, o Cairo também tem atrasado desde 2024 a acreditação do novo embaixador de Israel, aguardando "um clima político que permita ao presidente egípcio recebê-lo publicamente".
O Egito, um aliado-chave dos Estados Unidos, tem caminhado na corda bamba na diplomacia desde o início da guerra entre Israel e Hamas: acusou Israel de crimes de guerra em Gaza e também tentou manter seu papel como mediador para um cessar-fogo.
Segundo o historiador Tewfick Aclimandos, do Centro Egípcio de Estudos Estratégicos, "o Egito se apega firmemente ao tratado de paz como uma opção estratégica". "Não é por amor a Israel... mas ninguém quer guerra", disse à AFP.
L.Henrique--PC