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Defesa Civil de Gaza anuncia 15 mortos em ataque israelense a Jabaliya
A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou, nesta quarta-feira (1º), que 15 pessoas morreram durante a noite em um ataque israelense a uma casa em Jabaliya, no norte do território palestino devastado por mais de um ano de guerra.
"Enquanto o mundo celebra o Ano Novo, damos as boas-vindas a 2025 com o primeiro massacre israelense na Faixa de Gaza, em Jabaliya", disse à AFP o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Basal, anunciando que "15 pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas".
Segundo Basal, os moradores da casa eram membros das famílias Badra, Abu Warda e Taroush, que ali se refugiaram.
Os mortos e feridos no ataque foram levados para o hospital Al Mamadani, disse um socorrista, que se identificou como Mohamed.
Um parente de uma das vítimas disse que as equipes de resgate ainda procuram sobreviventes nos escombros.
"A casa se transformou em uma pilha de escombros", declarou Jibri Abu Warda, que afirmou que o ataque ocorreu por volta da 1h (20h de terça-feira, no horário de Brasília).
O familiar contou como as explosões abalaram a área e a equipe de resgate demorou horas para chegar à casa destruída.
"Foi um massacre, havia pedaços de corpos de crianças e mulheres por toda parte. Eu estava dormindo quando a casa foi bombardeada", disse Warda. "Ninguém sabe por que atacaram a casa, eram todos civis", acrescentou.
O Exército israelense, contatado pela AFP, não se pronunciou inicialmente sobre a ação.
A maior parte dos 2,4 milhões de moradores de Gaza foram deslocados pelo menos uma vez desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
O Exército israelense iniciou uma ampla ofensiva terrestre e aérea no norte de Gaza em 6 de outubro, especialmente contra a cidade de Jabaliya e o acampamento de refugiados adjacente, o que chamou de um esforço para impedir o reagrupamento dos combatentes do Hamas.
Na sexta-feira passada, o Exército invadiu o hospital Kamal Adwan, em Beit Lahia, dizendo que era "uma das maiores" operações contra combatentes desde o início da guerra em Gaza.
O Exército disse que matou mais de 20 combatentes e prendeu outros 240, incluindo o diretor do hospital Kamal Adwan, preso por ser suspeito de ser membro do Hamas.
Grupos de direitos humanos e a Organização Mundial da Saúde pediram a libertação imediata do diretor Hossam Abu Safiyeh, cuja detenção é vista como um golpe ao devastado sistema de saúde de Gaza.
O conflito em Gaza começou em 7 de outubro de 2023 com o ataque do Hamas contra o território israelense que deixou 1.208 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais.
A retaliação israelense deixou pelo menos 45.553 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.
E.Borba--PC