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Suspeito do atropelamento mortal em mercado de Natal criticava islã e Alemanha
O refugiado saudita suspeito de ter atropelado os visitantes de um mercado de Natal em Magdeburgo, leste da Alemanha, é um "islamofóbico" que pode ter agido por "descontentamento" com o tratamento dado pela Alemanha aos demandantes de asilo de seu país, segundo informações das autoridades divulgadas neste sábado (21).
O último balanço do ataque é de cinco mortos e 200 feridos, mas ainda é provisório pois entre os feridos há cerca de 40 em estado grave.
As autoridades começaram, neste sábado, a desvendar as confusas motivações que levaram o suspeito, um médico psiquiatra de 50 anos, a cometer um "ato terrível", nas palavras do chanceler alemão, Olaf Scholz.
O suspeito, identificado como Taleb Jawad al Abdulmohsen, foi preso no local da tragédia, ao lado do veículo 4x4 com o qual avançou por 400 metros, atropelando uma multidão reunida no mercadinho natalino desta cidade alemã.
As autoridades descartaram qualquer motivação islamista.
"Ao que parece, o pano de fundo do crime (...) pode ter sido o descontentamento com a forma como os refugiados sauditas são tratados na Alemanha", disse à imprensa o promotor Horst Walter Nopens.
Já a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, qualificou o suspeito, radicado na Alemanha desde 2006 e com estatuto de refugiado desde 2016, de um "islamofóbico" em vista de seus posicionamentos públicos.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, descreveu o ataque como um "acontecimento desprezível e obscuro" e afirmou estar em contato com as autoridades alemãs.
- "Ateu" -
Al Abdulmohsen, que trabalhava como psiquiatra em Bernburgo, perto de Magdeburgo, se definiu, em uma entrevista em 2022 com a AFP como "ateu" e assegurou que por isso teve que deixar seu país, onde tinha sido "ameaçado de morte por apostasia do islã".
Nos últimos anos, ele manteve nas redes sociais um discurso radical, salpicado de teorias conspiratórias, sem omitir sua simpatia com as posições da extrema direita alemã contra a imigração muçulmana.
Criticava as autoridades alemãs por não protegerem o suficiente os sauditas que fugiam de seu país por razões religiosas ou politicas, embora se mostrassem generosas com os refugiados muçulmanos de outros países do Oriente Médio.
Em agosto, o suspeito escreveu em sua conta na rede X: "Existe um caminho para a justiça na Alemanha sem explodir uma embaixada alemã ou sem degolar aleatoriamente cidadãos alemães? Busco este caminho pacífico desde janeiro de 2019 e não o encontro".
"Trata-se de uma pessoa psicologicamente perturbada e excessivamente pretensiosa", disse à AFP Taha al Hajji, da Organização Euro-saudita de Direitos Humanos (ESOHR), sediada em Berlim.
Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD), visitou o local da tragédia neste sábado, e fez um chamado à coesão nacional, prometendo agir "contra aqueles que querem semear o ódio".
- Política polêmica -
O chanceler alemão esteve em Magdeburgo com um ar sombrio, vestido de preto, e depositou flores do lado de fora de uma igreja em frente ao mercado natalino.
Ele pediu aos alemães para permanecerem unidos, depois que o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) usou o ataque para denunciar a chegada de centenas de milhares de refugiados ao país nos últimos anos.
"Quando esta loucura vai acabar?", questionou na rede X Alice Weidel, copresidente da AfD, legenda que aparece em segundo lugar nas pesquisas para as eleições legislativas antecipadas do fim de fevereiro de 2025.
Vários moradores de Magdeburgo expressaram sua revolta e um deles instou Scholz a "dialogar com a AfD" sobre a política de acolhida aos refugiados.
"Quando tanta gente vem ao nosso país, é preciso ser mais vigilante. Agora pagamos o preço", avaliou outro morador, Michael Raarig, engenheiro de 67 anos. Ele declarou à AFP que estava "triste e chocado" com o atropelamento.
"Nunca pensei que isto poderia acontecer em uma cidade de uma província do leste da Alemanha", disse.
O ataque, ocorrido na sexta-feira por volta das 19h locais (15h de Brasília), se deu oito anos depois do atentado jihadista de 2016 em outro mercadinho de Natal em Berlim, no qual morreram 12 pessoas.
P.Cavaco--PC