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Premiê israelense rejeita interromper guerra em Gaza 'agora'
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou, nesta segunda-feira (9), que não vai interromper "agora" a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza para impedir que o movimento islamista palestino possa "se reconstruir".
"Se interrompermos a guerra agora, o Hamas vai se reerguer, se reconstruir e nos atacar de novo, e não queremos voltar para isso", declarou Netanyahu em entrevista coletiva.
Após o ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro de 2023, no sul de Israel, iniciado da vizinha Faixa de Gaza, Netanyahu prometeu destruir o movimento islamista e o Exército israelense lançou uma ofensiva devastadora no território palestino.
"Definimos como objetivo a aniquilação do Hamas, a eliminação de suas capacidades militares e de poder, para que não possam se restabelecer e que a catástrofe de 7 de outubro não se repita", acrescentou Netanyahu.
"O isolamento do Hamas oferece uma nova oportunidade para avançar em um acordo que trará de volta os nossos reféns", garantiu.
As ações do Hamas em 7 de outubro de 2023 causaram a morte de 1.206 pessoas do lado israelense, a maioria civis, segundo um balanço da AFP realizado com base em números oficiais, que incluem os reféns mortos.
Naquele dia, 251 pessoas foram sequestradas em território israelense. No total, 96 permanecem como reféns em Gaza, entre os quais 34 foram declarados mortos pelo Exército israelense.
Netanyahu se reuniu no domingo com familiares dos reféns e lhes disse que "a queda do regime [do presidente sírio Bashar] al Assad, que se deu graças também às ações determinadas de Israel contra Hezbollah e Hamas, pode ajudar a avançar rumo a um acordo de retorno dos reféns", segundo um comunicado de seu gabinete.
Durante um ano, as negociações para uma trégua e a libertação de reféns e presos palestinos têm sido infrutíferas.
A ofensiva israelense causou mais de 44.758 mortos na Faixa de Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas em Gaza, considerados confiáveis pela ONU.
H.Silva--PC