- Thiago Wild é eliminado na 2ª rodada do ATP 250 da Antuérpia
- Campeonato Espanhol volta com Barça e Real à espera de suas estrelas
- Na Colômbia, um vulcão proibido e seus guardiões indígenas
- Líder Bayern recebe Stuttgart para se recuperar na volta do Campeonato Alemão
- Venezuela detém '19 mercenários' estrangeiros vinculados a suposto complô contra Maduro
- Crise energética em Cuba provoca quase 50% de déficit no serviço
- Trump diz que Zelensky 'nunca deveria ter permitido' que guerra começasse na Ucrânia
- De olho no líder Monaco, PSG recebe Strasbourg na volta do Campeonato Francês
- Fórmula 1 não terá pontos por volta mais rápida a partir de 2025
- Painel pede reforma do Serviço Secreto após tentativa de assassinato contra Trump
- Verstappen quer acabar com seca de vitórias no GP dos EUA
- Condenação de García Luna mostra que ele é um narcotraficante, diz presidente mexicana
- Presidente Arce descarta 'ceder' ante seguidores de Morales que querem 'incendiar' a Bolívia
- Diretora-geral do FMI pede unidade em 'tempos profundamente agitados'
- Dez mil soldados norte-coreanos estariam se preparando para se unir às tropas russas, diz Zelensky
- O que se sabe sobre a morte de Liam Payne na Argentina?
- Chefe da diplomacia israelense diz que líder do Hamas foi 'eliminado'
- Seleção do Bahrein não quer disputar jogo na Indonésia após 'ameaças' a jogadores
- ‘Meu filho vive mal, eu vivo mal’: a dura rotina dos familiares de manifestantes presos na Venezuela
- Com inflação na zona do euro controlada, BCE volta a reduzir taxas de juros
- Bia Haddad vence britânica e vai às quartas do WTA 500 de Ningbo
- Centros de dados são adaptados para a conservação da água na América do Sul
- Número 1 do tênis feminino, Iga Swiatek contrata treinador das estrelas
- Advogada diz que Mbappé só dará explicações à justiça, 'se necessário'
- Biden anuncia perdão de mais US$ 4,5 bilhões em empréstimos estudantis
- Liam Payne: cantor que alcançou uma fama precoce com o One Direction
- Presidente da Ucrânia apresenta seu 'plano para vitória' à Otan e UE
- Corpo de Liam Payne no necrotério da Argentina, comoção entre os fãs
- Começa o julgamento da ex-presidente boliviana Áñez por 'golpe de Estado' contra Morales
- J-Hope, vocalista do BTS, encerra o serviço militar na Coreia do Sul
- Han Kang, vencedora do Nobel, espera que sua vida 'não mude muito'
- Internet a bordo vira a estrela das companhias áreas
- Cúpula da UE debate endurecer o tom em questões migratórias e acelerar expulsões
- Israel bombardeia a Síria após ataque dos EUA contra rebeldes do Iêmen
- China aumentará crédito para concluir projetos imobiliários
- Mais de 1,1 bilhão de pessoas vivem em pobreza aguda, denuncia PNUD
- Constituição da Coreia do Norte define o Sul como Estado 'hostil'
- "É difícil para todos", diz Alcaraz antes de jogar contra Nadal em Riad
- Kamala se distancia de Biden; Trump responde latinos
- Serena Williams revela que retirou um cisto benigno do pescoço
- Ex-ministro mexicano é condenado nos EUA por tráfico de drogas
- STF determina extradição de investigados por 8 de janeiro foragidos na Argentina
- Coreia do Norte confirma que dinamitou ferrovias e estradas que a ligam ao Sul
- Governo descarta volta do horário de verão, apesar da seca
- Liam Payne, ex-One Direction, morre ao cair de hotel na Argentina
- EUA exigem que Israel preste contas por informação sobre escudos humanos
- Uruguai de Marcelo Bielsa vive um lento retrocesso
- Justiça do Peru divulgará na 2ª sentença do ex-presidente Toledo por caso Odebrecht
- Camponeses próximos a Evo Morales prometem radicalizar protestos na Bolívia
- Ex-presidente Jimmy Carter vota nos EUA
‘Meu filho vive mal, eu vivo mal’: a dura rotina dos familiares de manifestantes presos na Venezuela
Comida podre, pouca água e frio: mães de detidos após a controversa reeleição do presidente Nicolás Maduro em julho denunciam que seus familiares recebem um tratamento "desumano" em Tocuyito, uma prisão de segurança máxima localizada no norte da Venezuela.
E fora do presídio, as condições também não são fáceis.
Apenas mulheres têm direito a visitas. Em um protesto na quarta-feira (16) para exigir a libertação dos presos, algumas usavam camisetas brancas estampadas com frases e os rostos de seus filhos.
"São inocentes. Não são ladrões nem assassinos. A única coisa que pedimos é liberdade", diz Mireya González, de 53 anos, cujo filho, Sandro Rodríguez, de 25, está preso há mais de dois meses após ser detido em Barquisimeto, cidade a 200 quilômetros de distância.
As manifestações que eclodiram após o anúncio da vitória de Maduro deixaram 27 mortos, entre eles dois militares, e mais de 2.400 detidos, chamados de "terroristas" pelo presidente esquerdista.
Muitos foram transferidos para duas prisões de máxima segurança, Tocorón e Tocuyito, onde não se misturam com o restante da população carcerária.
Os presos vivem em condições "desumanas" e os familiares não podem lhes dar nada, afirma uma mãe. "Todas somos mães aqui, (viemos) de todo o país".
Em Tocuyito, dos 441 detidos em manifestações, "221 têm alguma patologia. Não recebem atendimento, e zombam: 'cuidaremos de você quando estiver morrendo'", garante González, porta-voz de um grupo de cerca de 50 mães que aguardam do lado de fora da prisão.
"Não há água. Dão pouca comida e é de má qualidade. No início havia vermes... Esta manhã, o café da manhã foi frango podre que não puderam comer", diz outra mãe, sob anonimato.
Um familiar assegura que eles só receberam um uniforme desde a detenção. "Não há lençóis e eles são obrigados a rasgar os colchões e se envolver neles para não sentir frio", descreve. Houve numerosas "tentativas de suicídio", ressalta.
Yaisleth Petit, cujo marido, Carlos Caripa, também está preso, implora ao presidente Maduro: "Que liberte esses jovens inocentes. ¡Em nome de Deus!".
"Quando vi meu marido, não o reconheci; era um homem que pesava 98 quilos, agora pesa 65. Ele sofria muito de fome, estava muito mal", afirma.
- "Já não temos medo" -
Do outro lado das grades, a vida também é dura. Quem vive longe opta por ficar para evitar o caro transporte.
Yajaira Méndez, de 45 anos, mãe de Yholber Coronado, detido em Tocuyito, vive no estado vizinho de Lara e compartilha um quarto com outras 15 pessoas.
"Cada um paga 2 dólares por dia", explica sobre o grupo, que às vezes recebe ajuda de associações ou famílias.
O quarto está situado em uma área com casas deterioradas perto da prisão.
No chão há quatro colchões e sobre um deles, uns sapatinhos de bebê com a imagem do "Homem Aranha". "Dormimos três ou quatro em um colchão", explica González.
Na pequena cozinha, os pratos são recipientes de plástico de margarina vazios. "Reutilizamos tudo o que podemos", sublinha González.
Marisela Peña, de 28 anos, tia de Wilbert Aragurez, de 18, se revezam com outros familiares para dormir sob a marquise de uma loja de alimentos em frente à prisão.
"Queremos estar muito perto da prisão, porque meu sobrinho está muito doente: tem convulsões regularmente e queremos poder levar medicamentos para ele. E é mais barato que o hotel", diz.
Sobre o chão de cimento, há cobertores e pequenas bolsas de viagem.
"Já não temos medo desde que nossos filhos foram presos", garante uma das mães.
R.Veloso--PC