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Milhares marcham em Londres em apoio a Gaza, um ano depois de 7 de outubro
Milhares de manifestantes e personalidades políticas marcharam neste sábado (5) pelo centro de Londres para pedir um cessar-fogo em Gaza e no Líbano, a dois dias de a guerra entre Israel e Hamas completar um ano.
Com cartazes e bandeiras palestinas e libanesas, os manifestantes, vindos de todo o país, percorreram o centro da capital britânica para exigir o fim da guerra, que já deixou quase 42 mil mortos em Gaza.
O protesto, liderado entre outros pelo ex-dirigente do Partido Trabalhista Jeremy Corbyn (hoje independente) e o ex-primeiro-ministro escocês Humza Yousaf, acontece dois dias antes do primeiro aniversário do ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que deixou 1.205 mortos, principalmente civis, e 251 reféns, 97 dos quais ainda estão em cativeiro.
Os manifestantes entoaram palavras de ordem como "Cessar-fogo agora!", "Do rio até o mar, a Palestina será livre!" e "Tirem as mãos do Líbano!".
"Precisamos de um cessar-fogo, um cessar-fogo agora. Quantos palestinos ou libaneses inocentes mais devem morrer?", perguntou Sophia Thomson, de 27 anos, que compareceu à marcha com seus amigos.
"O fato de que somos muitos mostra que o governo não fala em nome do povo", acrescentou.
Muitos manifestantes portavam cartazes com a frase: "Starmer tem sangue nas mãos", em referência ao atual premiê britânico, o trabalhista Keir Starmer.
O primeiro-ministro pediu um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns mantidos pela Hamas, além de suspender algumas licenças de armas a Israel. Contudo, muitos na manifestação disseram que isso não é o bastante.
"Não é bom o suficiente, não é o bastante", disse Zackerea Bakir, de 28 anos, que pediu ao governo que "deixe de dar carta branca de apoio ao governo israelense".
A polícia londrina, que destacou um enorme aparato de segurança, anunciou a detenção de cerca de 15 manifestantes.
Neste domingo, a capital britânica será palco de outra manifestação, em memória aos mortos no ataque do Hamas.
No Líbano, a situação se deteriorou gravemente esta semana. Na segunda-feira, o Exército israelense lançou uma ofensiva terrestre no sul do país, um dos redutos do movimento islamista pró-iraniano Hezbollah.
T.Resende--PC