Portugal Colonial - As eleições presidenciais dos EUA, segundo os eleitores dos estados mais disputados

As eleições presidenciais dos EUA, segundo os eleitores dos estados mais disputados
As eleições presidenciais dos EUA, segundo os eleitores dos estados mais disputados / foto: Frederic J. BROWN - AFP

As eleições presidenciais dos EUA, segundo os eleitores dos estados mais disputados

A eleição presidencial dos Estados Unidos, em 5 de novembro, será provavelmente decidida pelos estados-pêndulo, da Pensilvânia à Geórgia ou do Arizona ao Michigan.

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Para quem se inclinarão esses eleitores, entre a democrata Kamala Harris ou o republicano Donald Trump? E por quê?

Confira, a seguir, os depoimentos de eleitores em cinco desses estados, um mês antes das eleições:

Trump, para que "termine" seu muro

John Ladd é um fazendeiro do Arizona (oeste). Este homem de 69 anos já tomou a sua decisão: "Vou votar em Donald Trump", confessa com voz determinada.

Ele está muito preocupado com a situação econômica dos Estados Unidos e com o fluxo de migrantes, que diz ver todos os dias na sua fazenda, situada muito perto da fronteira com o México.

"Desde que (Joe) Biden se tornou presidente, (esta situação) ocorre todos os dias, a qualquer hora", acrescenta à AFP, garantindo que há "cerca de trinta" prisões diárias na sua propriedade.

Este americano espera que o ex-presidente republicano (2017-2021) volte à Casa Branca para "terminar" seu projeto de muro fronteiriço.

Trump, para acabar com "a criminalidade"

Martin Kutzler, 60 anos, mora em Milwaukee, uma cidade de Wisconsin (norte), às margens do Lago Michigan. Este "eleitor republicano por toda sua vida" também apoiará Trump, cuja "audácia" ele admira.

Sua principal motivação para apoiá-lo novamente? As promessas do candidato republicano contra o crime.

"Morando em uma cidade grande, vejo que a criminalidade aumentou", afirma, referindo-se aos "vidros quebrados na rua" resultantes de "furtos e vandalismo de automóveis".

Harris, para ver a "primeira mulher presidente"

Tricia Harris, 47 anos, mora em Atlanta (Geórgia), uma das maiores cidades do país. Sua escolha será a vice-presidente democrata.

"Uma primeira mulher presidente seria extraordinário", diz ela, acrescentando que está "incrivelmente entusiasmada".

A mulher negra, que trabalha para preservar a memória de Martin Luther King, também teme que o "nível de racismo e hostilidade" que diz ter sentido durante o governo Trump volte.

Harris, por sua "perspicácia"

"Trump é simplesmente horrível", diz Michael Cooperman, da Filadélfia, na Pensilvânia. "É segregador, caótico e corrupto", denuncia, aludindo aos problemas jurídicos do magnata republicano, que levaram a uma condenação criminal no final de maio.

"Não estou dizendo que os democratas sejam perfeitos..." diz Cooperman, 55 anos, que ensina inglês para imigrantes. Porém, a "perspicácia" e a "inteligência" da ex-procuradora Harris foram suficientes para convencê-lo.

Sua única dúvida: "não tenho certeza se concordo com ela em matéria de política externa", diz o homem "judeu e bastante pró-Israel", que acredita que a vice-presidente "ainda não demonstrou o suficiente" sobre esta questão.

Nem Trump nem Harris, por Gaza

Soujoud Hamade, 32 anos, critica Harris por apoiar Israel no que chamou de "genocídio" em Gaza. Por esta razão, e pela "primeira vez" na vida, não apoiará os democratas nas eleições gerais.

A candidata democrata "não fez nenhuma declaração para condenar os atos horríveis que Israel cometeu", afirma o advogado árabe-americano, que votará na modesta candidata ambientalista Jill Stein.

"Não há absolutamente nada que Kamala possa fazer que nos faça mudar de ideia", afirma o morador de Dearborn, uma cidade do Michigan com maioria da população muçulmana de origem árabe.

Além disso, destaca, os recentes bombardeios maciços de Israel no Líbano apenas reforçaram a sua convicção.

V.F.Barreira--PC