Portugal Colonial - Parlamento da Venezuela anuncia reforma de leis eleitorais e prevê veto a opositores

Parlamento da Venezuela anuncia reforma de leis eleitorais e prevê veto a opositores
Parlamento da Venezuela anuncia reforma de leis eleitorais e prevê veto a opositores / foto: Federico PARRA - AFP/Arquivos

Parlamento da Venezuela anuncia reforma de leis eleitorais e prevê veto a opositores

O presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, anunciou nesta terça-feira que todas as leis eleitorais do país passarão por uma reforma, com o objetivo de proibir a participação de "fascistas" (termo usado pelo governismo para se referir aos seus adversários) em futuras eleições.

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“Anuncio nossa iniciativa para que sejam revisadas todas as leis eleitorais aprovadas pela Assembleia Nacional", disse Rodríguez. Entrará na revisão um pacote de leis como a Lei Orgânica de Partidos Políticos e manifestações públicas, a Lei Orgânica de processos eleitorais e a Lei do Poder Eleitoral.

“Que todas essas leis tenham o objetivo último de cuidar, proteger a política, sim, mas, principalmente, cuidar e proteger a população venezuelana e o nosso território, não pode haver um político que peça invasões”, disse Rodríguez.

A eleição polêmica do presidente Nicolás Maduro para um terceiro mandato consecutivo, em julho, gerou uma crise pós-eleitoral, com protestos que deixaram 27 mortos, cerca de 200 feridos e 2.400 detidos.

Durante sua intervenção, o líder parlamentar referiu-se ao ex-diplomata Edmundo González Urrutia, adversário de Maduro nas eleições, exilado na Espanha desde 8 de setembro e cuja vitória é reivindicada pela oposição.

Rodríguez ressaltou que não deveriam participar de futuras eleições aqueles que não tiverem reconhecido os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de linha governista.

O líder parlamentar também nomeou “uma comissão especial”, que ele mesmo vai presidir, para convocar “todos os partidos políticos que participaram da eleição de 28 de julho" a comparecer na próxima quinta-feira à Assembleia Nacional a fim de “iniciar um diálogo político”.

L.Carrico--PC