- Brasil e Uruguai, um duelo de grande rivalidade para afastar de vez a crise
- Croácia e Dinamarca completam quartas de final da Liga das Nações
- Kane acredita que seguirá defendendo a Inglaterra após a Copa de 2026
- Nadal garante que está na Davis para 'ajudar a vencer', não para se despedir
- Biden anuncia compromisso 'histórico' com fundo para países mais pobres
- Alcaraz diz que Copa Davis será emocionante por aposentadoria de Nadal
- Supercopa da França será disputada em janeiro no Catar
- Líderes do G20 tiram foto de família no Rio sem Joe Biden
- Coreia do Sul extradita cidadão russo aos EUA por propagação de ransomware
- Governo da Venezuela denuncia ataques contra instalações petrolíferas e culpa oposição
- Boeing inicia demissões para reduzir 10% dos funcionários
- Partido opositor pede anulação das eleições gerais de outubro em Moçambique
- Tempestade tropical Sara deixa dois mortos e mais de 120.000 afetados em Honduras
- Trump prevê declarar estado de emergência nacional para deportar migrantes
- Turbulências globais marcam o início da cúpula do G20
- Este é o julgamento de 'toda uma família destruída', afirma um dos filhos de Gisèle Pelicot
- Com adesão de 81 países, Brasil lança Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
- No Rio, presidente chinês afirma que mundo adentra um 'período de turbulência e mudança'
- IA parece estar desacelerando em caminho para se igualar à humanidade
- Mediterrâneo perdeu 70% de sua água há 5,5 milhões de anos
- Músico e produtor americano Quincy Jones recebe Oscar póstumo
- França pode bloquear acordo comercial entre UE e Mercosul?
- América Latina na mira do primeiro hispânico à frente da diplomacia dos EUA
- Uruguaio Rodrigo Bentancur suspenso por sete jogos por comentário racista
- Beirute fecha escolas após bombardeios israelenses
- Da Espanha à Polônia, a firme oposição dos agricultores da UE a um acordo com o Mercosul
- EUA autoriza Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance contra a Rússia
- Poluição recorde provoca fechamento de escolas e restrições ao tráfego na Índia
- Agricultores franceses protestam contra acordo com Mercosul
- Ciclone deixa oito mortos nas Filipinas
- COP29 tem cinco dias para alcançar acordo de financiamento do clima
- Trump anuncia Brendan Carr como diretor da Comissão Federal de Comunicações
- Clima, guerras, Trump: G20 sob pressão na abertura da cúpula no Brasil
- Na Amazônia, Biden pede proteção à floresta e desafia Trump
- Inglaterra volta à 1ª divisão da Liga das Nações, França bate Itália
- França vence Itália (3-1) e termina em 1º do grupo na Liga das Nações
- 'O diabo está nos detalhes', diz Von der Leyen sobre acordo Mercosul-UE
- Sara perde força e vira depressão tropical após deixar um morto e milhares de afetados em Honduras
- ONG registra 131 libertações de detidos durante protestos pós-eleições na Venezuela
- Inglaterra goleia Irlanda (5-0) e sobe para 1ª divisão da Liga das Nações
- Número 1 do mundo, Sinner é campeão do ATP Finals
- Papa pede investigação sobre ‘genodício’ em Gaza
- Biden chega a Manaus para visita histórica à Amazônia
- Macron defende agricultores franceses e acordos climáticos durante reunião com Milei
- Alemães Krawietz e Pütz são campeões do ATP Finals nas duplas
- Opositores russos se manifestam em Berlim contra Putin e guerra na Ucrânia
- Bela Karolyi, treinador de Nadia Comaneci, morre aos 82 anos
- Boicote dos palestinos impulsiona venda de refrigerante local na Cisjordânia
- Em Buenos Aires, Macron presta homenagem a vítimas da ditadura argentina
- Ucrânia denuncia ataque russo em larga escala contra sistema de energia
A inesperada derrota da extrema direita na França em três pontos
Seus líderes denunciaram uma "aliança da desonra" entre a esquerda e o governo de centro-direita para vencer as eleições legislativas na França, mas a extrema direita também mostrou falta de preparação, com candidatos e medidas controversas.
- Sozinha contra todos -
O partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) surgia como o grande favorito para vencer o segundo turno das eleições legislativas, após obter junto com seus aliados 33% dos votos no primeiro turno e triunfar nas eleições europeias com 31,37%.
Mas o bloco de extrema direita acabou em terceiro lugar, atrás da aliança de centro-direita do presidente Emmanuel Macron e da coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP), que venceu as eleições de maneira surpreendente.
Embora os resultados representem o maior ingresso de deputados de extrema direita na Assembleia Nacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com 143 dos 577 assentos, o principal motivo para a derrota foi a "frente republicana" que se instalou.
Juntas, a NFP e a aliança de Macron retiraram mais de 200 candidatos no segundo turno para concentrar o voto naqueles "republicanos" com mais chances de derrotar um rival de extrema direita em cada distrito eleitoral.
Assim, a extrema direita perdeu 90 dos 152 duelos contra um candidato da NFP e 105 dos 128 contra um candidato da situação, o que, segundo analistas, demonstrou uma maior mobilização dos eleitores de esquerda para conter o RN.
- "Falta de credibilidade" -
Mas além da "frente republicana", o RN parece ter sofrido com a falta de preparação. Dezenas de candidatos deram uma imagem de incompetência, amadorismo e um racismo descarado.
Uma candidata negou que o RN fosse racista, afirmando que tem "um oftalmologista judeu" e um "dentista muçulmano"; outro expressou "dúvidas" sobre o caráter antissemita das declarações do líder histórico Jean-Marie Le Pen, condenado nos anos 80; dentre outros exemplos.
As redes sociais foram inundadas com trechos de debates televisivos nos quais candidatos de extrema direita em cada distrito eleitoral se mostravam incapazes de explicar seu programa. Alguns nem sequer apareceram publicamente durante a campanha.
"Ainda há um problema de imagem e falta de credibilidade", explicou Jean-Yves Camus, especialista em extrema direita, no domingo à noite, no canal Public Sénat.
O RN evocou alguns casos que examinaria, mas Marine Le Pen também falou em "gafes" de "pessoas respeitáveis", jogando com a imagem do povo contra as elites.
"Vou dizer claramente, em alguns distritos eleitorais, não escolhemos os candidatos certos", reconheceu nesta segunda-feira (8) o presidente do RN, Jordan Bardella.
Essas polêmicas prejudicaram a estratégia iniciada por Marine Le Pen há mais de uma década para moderar a imagem de seu partido, se distanciando daquela do período de seu pai, Jean-Marie Le Pen.
As medidas não tiveram impacto em seu eleitorado, caracterizado pela "fidelidade" ao partido, segundo Pierre Mathiot, professor na universidade Sciences Po Lille.
- Controvérsia com dupla nacionalidade -
Além da indefinição em temas de campanha, como a revogação da reforma da Previdência de Macron, a principal polêmica foi a proposta de proibir franceses com dupla nacionalidade de acessarem determinados cargos estratégicos, ideia defendida por Bardella.
O deputado Roger Chudeau, que foi reeleito, conseguiu ir ainda mais longe, apontando uma "dupla lealdade" de pessoas com dupla nacionalidade, como da socialista franco-marroquina Najat Vallaud-Belkacem, que, em sua opinião, nunca deveria ter sido ministra da Educação Nacional, cargo que ocupou entre 2014 e 2017.
Mesmo Marine Le Pen se disse "chocada" com tais declarações.
Apesar do revés em sua ascensão ao poder, o partido obteve um avanço histórico. "Passou de 8 deputados em 2017 para 88 em 2022 e agora mais de 140", junto com seus aliados, lembra Mathiot.
"A maré está subindo. Desta vez não subiu o suficiente, mas continua subindo e, portanto, nossa vitória apenas foi adiada", alertou Le Pen.
E.Raimundo--PC