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Rússia volta a bombardear instalações de energia da Ucrânia
A Rússia executou um novo ataque em "larga escala" contra instalações de energia na Ucrânia e bombardeou o sul e leste do país, ataques que deixaram pelo menos sete mortos, informaram as autoridades ucranianas neste sábado (22).
Este é o oitavo ataque "em larga escala" contra as centrais de energia ucranianas nos últimos três meses, informou o Ministério da Energia do país.
O Ministério da Defesa russo anunciou um ataque "com armamento de longo alcance e alta precisão a partir do ar e do mar", além de drones, com o objetivo de atingir "instalações energéticas ucranianas que alimentam a produção de armas".
Também citou ataques contra arsenais de armas "fornecidos pelos países ocidentais" ao Exército ucraniano. "Todos os alvos estabelecidos foram atingidos", acrescentou.
O Exército ucraniano informou que a Rússia lançou 16 mísseis e 13 drones contra infraestruturas de energia. A defesa antiaérea derrubou todos, com exceção de quatro, segundo um comunicado militar.
Os bombardeios russos "danificaram os equipamentos das instalações da Ukrenergo [operadora] nas províncias de Zaporizhzhia e Lviv", destacou o Ministério da Energia ucraniano.
A Rússia ataca de forma sistemática a infraestrutura energética da Ucrânia, invadida por Moscou em fevereiro de 2022, causando danos severos em instalações críticas.
Nos últimos meses, Kiev também reivindicou uma série de ataques contra refinarias e depósitos de petróleo, não apenas em províncias fronteiriças da Rússia, mas também em áreas a centenas de quilômetros do limite de seu território.
- Bombardeios russos no sul e leste -
O Ministério da Energia ucraniano informou que duas pessoas ficaram feridas e foram hospitalizados em Zaporizhzhia, uma província ocupada parcialmente Rússia, que abriga a maior central nuclear da Europa.
Os bombardeios também mataram uma pessoa e destruíram um prédio residencial, segundo a administração militar regional de Zaporizhzhia.
Os ataques russos paralisaram a capacidade de geração de energia elétrica da Ucrânia e obrigaram Kiev a importar abastecimento da União Europeia ou a impor cortes.
A Rússia já destruiu metade da capacidade energética da Ucrânia, afirmou recentemente o presidente ucraniano Volodimir Zelensky.
O chefe de Estado ucraniano pediu na quinta-feira a instalação, o mais rápido possível, de painéis solares nas escolas e em todos os hospitais.
O diretor executivo da operadora ucraniana DTEK, Maxime Timchenko, alertou que o país sofrerá uma grave crise no próximo inverno (hemisfério norte, verão no Brasil), caso os aliados ocidentais não se mobilizem a favor do país.
A Ucrânia pede ajuda para reconstruir sua rede de energia elétrica, o que exige investimentos significativos.
Moscou e Kiev trocaram acusações neste sábado sobre bombardeios nos dois lados da fronteira.
Em Kharkiv, no nordeste da ex-república soviética, ao menos duas pessoas morreram e 15 ficaram feridas em um bombardeio russo, anunciou o governador regional, Oleh Synehubov, no Telegram.
Ao sul, na província de Donetsk, também parcialmente ocupada pela Rússia, cinco pessoas morreram em bombardeios das tropas de Moscou nas últimas 24 horas, informou o governador Vadym Filashkin.
Três homens que trabalhavam para uma empresa de construção faleceram em um bombardeio na área ocupada por Moscou, segundo o comandante designado pela Rússia para a região, Denis Pushilin.
Em Kherson, sul do país, um drone matou um policial que trabalhava em um posto de controle, informou a força de segurança.
Na província russa de Belgorod, um homem faleceu em um bombardeio perto da fronteira com a região ucraniana de Kharkiv, segundo o governador Vyacheslav Gladkov.
F.Carias--PC