Portugal Colonial - Chefe da Otan defende 'mais armas para a Ucrânia' e que China 'pague' por apoio à Rússia

Chefe da Otan defende 'mais armas para a Ucrânia' e que China 'pague' por apoio à Rússia

Chefe da Otan defende 'mais armas para a Ucrânia' e que China 'pague' por apoio à Rússia

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse, nesta segunda-feira (17), que um fluxo permanente de armamento ocidental é vital para conseguir a paz na Ucrânia e fez um chamado para "fazer a China pagar" por seu apoio à Rússia.

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"Pode parecer um paradoxo, mas o caminho para a paz envolve mais armas para a Ucrânia", disse ele no Wilson Center durante visita a Washington.

Stoltenberg, que em breve deixará seu cargo à frente da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), chegou à capital americana para acertar os detalhes da próxima cúpula da aliança, que será realizada em Washington em julho, no marco de seu 75º aniversário.

Em sua agenda, está um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na tarde desta segunda, na Casa Branca.

- "Consequências" para a China -

Stoltenberg afirmou também que o presidente chinês, Xi Jinping, “tenta passar a impressão de que neste conflito está sentado no banco de trás, para assim evitar sanções e manter o comércio funcionando”.

“Mas a realidade é que a China está alimentando o maior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e, ao mesmo tempo, quer manter boas relações com o Ocidente”, declarou.

“Pequim não pode ter ambos. Em algum momento - e a menos que a China mude seu rumo - os aliados devem fazê-la pagar um preço. Deveria haver consequências”, disse o chefe da Aliança Atlântica.

A Otan, liderada pelos Estados Unidos, critica a ajuda à campanha militar russa dada pela China e suas empresas, que fornecem componentes e equipamentos para a reconstrução e a manutenção do setor de defesa de Moscou.

Pequim sustenta que não oferece apoio armamentista à Rússia.

A China não esteve presente no fim de semana na Suíça para uma cúpula por um acordo de paz na Ucrânia, promovida pelo presidente Volodimir Zelensky, que reafirmou o pedido de Kiev para que a Rússia retire suas tropas do território para pôr fim ao conflito.

A Rússia insiste em dizer que quer diálogo, mas que só participaria de negociações de paz se a Ucrânia se retirasse das quatro regiões parcialmente ocupadas por Moscou.

- Apoio a longo prazo -

Stoltenberg destacou também que a Otan assumirá o apoio militar ocidental à Ucrânia, até agora comandado pelos Estados Unidos, para consolidá-lo a longo prazo, a menos de cinco meses das eleições presidenciais nos EUA.

Segundo diplomatas da Otan, isto busca garantir que a ajuda militar não seja interrompida por uma decisão da Casa Branca em caso de uma vitória do ex-presidente Donald Trump, que declarou querer pôr fim à guerra.

O chefe da Otan comemorou o acordo do G7 na semana passada, na Itália, sobre um empréstimo de 50 bilhões de dólares (R$ 263,3 bilhões) à Ucrânia com ativos russos congelados pelo Ocidente.

- Putin "depende" de autoritários -

Stoltenberg também declarou que a visita do mandatário russo à Coreia do Norte demonstra que Moscou se tornou "dependente" de líderes autoritários.

"Isto demonstra o quão dependentes o presidente Putin e Moscou são agora de países autoritários em todo o mundo", disse ele à imprensa em Washington.

"Seus amigos mais próximos e os maiores apoiadores do esforço bélico russo (são) Coreia do Norte, Irã e China", acrescentou.

Citando um número mencionado pela inteligência sul-coreana, afirmou, ainda, que Pyongyang já entregou um milhão de projéteis à Rússia.

"Este fluxo de armas continua. Nós os vemos carregando vagões e depois cruzando a fronteira entre a Coreia do Norte e a Rússia", completou.

Nogueira--PC