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Macron faz apelo aos franceses por 'escolha correta' nas eleições antecipadas
O presidente Emmanuel Macron fez um apelo nesta segunda-feira aos franceses para que optem pela "escolha correta", um dia após surpreender o país com a convocação de eleições legislativas antecipadas, devido à contundente vitória da ultradireita nas eleições europeias.
"Tenho confiança na capacidade do povo francês de fazer a escolha correta para si e para as gerações futuras. Minha única ambição é ser útil ao nosso país que tanto amo", afirmou Macron em uma mensagem publicada na rede social X.
A França amanheceu sob o impacto de um terremoto político após a antecipação das eleições legislativas, previstas para 2027 e que acontecerão nos dias 30 de junho e 7 de julho, após a vitória do partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN) com 31,37% dos votos nas europeias, um dos melhores resultados de sua história.
A vitória na França aconteceu no âmbito do avanço da extrema-direita em outros países da União Europeia, como Alemanha, Áustria e Itália, mas a coalizão governante nas instituições comunitárias - conservadores, socialistas e liberais - conseguiu manter a maioria absoluta.
Macron se envolveu muito na campanha com o objetivo de frear a ultradireita, em um cenário em que, afirmou recentemente, a Europa "pode morrer" devido à guerra travada pela Rússia na Ucrânia. Porém, a candidata do presidente francês, Valérie Hayer, recebeu apenas 14,60% dos votos, longe da RN.
Os jornais franceses alertam nesta segunda-feira para a "aposta arriscada" do presidente. "Assim como o imperador romano (Nero) incendiou a Roma antiga, Emmanuel Macron acendeu o fósforo que incendiará sua própria cidadela?", questiona o editorial do jornal liberal L’Opinion.
As eleições antecipadas não devem afetar Macron, que tem mandato como presidente até 2027, mas ele poderia ser obrigado a dividir o poder com um governo de outra tendência política pouco antes dos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
"Uma dissolução antes dos Jogos é muito preocupante", disse a prefeita de Paris, a socialista Anne Hidalgo, que discordou do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, que acredita que as eleições "não perturbarão" o evento.
A antecipação das eleições dividiu até os integrantes do governo. O presidente da Assembleia Nacional (Câmara Baixa), Yaël Braun-Pivet, lamentou que a aliança de Macron, que perdeu a maioria absoluta em 2022, não tenha conseguido estabelecer um acordo de coalizão ou de governo com outros partidos, como a direita tradicional.
"Estas são as eleições legislativas que terão as consequências mais importantes para a França, para os franceses, na história da Quinta República, desde 1958", declarou o ministro da Economia, Bruno Le Maire, à rádio RTL.
Desde 1986, dois presidentes estiveram na mesma situação durante parte de seus mandatos: o socialista François Mitterrand (1981-1995) com governos conservadores e o conservador Jacques Chirac (1995-2007) com o socialista Lionel Jospin como primeiro-ministro.
- A esquerda como "árbitro" -
O partido RN já anunciou que seu candidato a primeiro-ministro, caso a legenda consiga formar o governo após as eleições, será o político que liderou sua lista e foi o grande vitorioso nas eleições europeias, o eurodeputado Jordan Bardella, de 28 anos.
A sua vitória também confirma a estratégia da líder do RN, Marine Le Pen, de estabelecer uma imagem mais moderada para a antiga Frente Nacional (FN) que ela herdou em 2018 de seu pai, Jean-Marie Le Pen, conhecido pelos comentários racistas e antissemitas.
Ao contrário das eleições europeias, de turno único e com uma lista por partido a nível nacional, os franceses escolhem os 577 deputados da Assembleia Nacional em suas respectivas circunscrições, em um sistema majoritário uninominal e com dois turnos.
Para os analistas, o anúncio rápido e inesperado de Macron pretende dificultar um acordo para uma aliança entre as forças de esquerda, que, segundo Brice Teinturier, do instituto de pesquisas Ipsos, seria o "árbitro" das próximas eleições, e posicionar o presidente no centro da campanha.
As forças de esquerda – socialistas, ecologistas, comunistas e esquerda radical – disputaram as eleições de 2022 reunidas na aliança 'Nupes', que foi rompida por divergências entre sua ala social-democrata e a ala mais radical, o que deixou o partido RN como principal força de oposição.
Jean-Luc Mélenchon, do partido A França Insubmissa (LFI, esquerda radical), liderou há dois anos a aliança de esquerda, algo que parece complicado de reeditar devido à mudança equilíbrio de forças, embora todas as correntes tenham manifestado interesse em uma nova aliança.
Do bloco de esquerda, os socialistas foram os mais votados nas eleições europeias na França, com 13,83% dos votos, à frente da candidatura do LFI (9,89%), dos ecologistas (5,5%) e dos comunistas (2,36%). Estes últimos ficaram sem representação no Parlamento Europeu.
E.Raimundo--PC