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Bandeira do arco-íris é recolocada em prédio de governo no México após protestos
A bandeira do arco-íris, que representa a comunidade LGBTQIA+, foi recolocada nesta quinta-feira (6) em um edifício do governo do México depois de ser arrancada e destruída, o que provocou a indignação desse coletivo, cujo protesto derivou em vandalismo.
As manifestações começaram na quarta-feira, depois que membros do sindicato do Instituto do Fundo Nacional de Habitação para os Trabalhadores (Infonavit) rasgaram uma imensa bandeira do arco-íris que foi colocada nessa agência do governo na Cidade do México por ocasião do mês do orgulho LGBTQIA+.
Em imagens difundidas pela imprensa mexicana, várias pessoas aparecem rasgando a bandeira que foi colocada em um dos muros do edifício.
Após esse episódio, muitos manifestantes compareceram à sede do Infonavit com bandeiras do arco-íris e cartazes. Posteriormente, um grupo se deslocou para a sede do sindicato na capital, onde quebraram vidraças, queimaram mobiliário e fizeram pichações com os dizeres "Sindicato homofóbico".
O pavilhão colorido foi recolocado nesta quinta no edifício do Infonavit, mostra uma foto publicada nas redes sociais pelo diretor do instituto, Carlos Martínez, que é abertamente gay.
O Infonavit afirmou em comunicado que é a favor da liberdade de expressão e do respeito à comunidade LGBTQIA+, mas "condena todo o tipo de violência que ponha em risco a integridade física, moral ou psicológica de qualquer pessoa e/ou danifique bens materiais".
Martínez classificou a destruição da bandeira como um ato de "barbárie, ódio, homofobia e discriminação", termos que foram reiterados pelo Conselho Nacional para Prevenir a Discriminação (Conapred), um órgão do governo mexicano, em comunicado.
"Expressamos nossa mais enérgica condenação diante destes atos lamentáveis e pedimos reconhecimento e respeito aos símbolos da luta dos que contribuíram para a ampliação de direitos", assinalou o Conapred.
O escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnudh) no México também condenou as ações dos integrantes do sindicato ao apontar que "a inclusão e o respeito à diversidade, aos direitos humanos e à dignidade humana devem prevalecer".
A.Santos--PC