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ONU considera 'incompreensível' número de palestinos mortos na Cisjordânia desde 7 de outubro
O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, pediu nesta terça-feira (4) o fim da violência na Cisjordânia ocupada e afirmou que é "incompreensível" que mais de 500 palestinos tenham sido mortos no território palestino desde 7 de outubro.
"Como se os trágicos eventos em Israel e depois em Gaza nos últimos oito meses não fossem suficientes, a população da Cisjordânia ocupada também está submetida, dia após dia, a um derramamento de sangue sem precedentes", afirmou Turk em comunicado.
"É incompreensível que tantas vidas tenham sido perdidas desta maneira sem sentido", acrescentou.
A Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, registra um aumento da violência desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, em 7 de outubro, em Gaza.
Em 1º de junho, as forças israelenses mataram um adolescente palestino e feriram outro nas imediações dos campos de refugiados de Aqabat Jabr, perto da cidade de Jericó, afirmou Turk no comunicado. O segundo jovem faleceu no dia seguinte.
"A sua morte, assim como a de outros quatro palestinos assassinados pelas forças de segurança israelenses na segunda-feira, eleva para 505 o número de palestinos mortos desde 7 de outubro, segundo informações avaliadas pela agência de direitos humanos da ONU", afirmou.
As autoridades palestinas afirmam que pelo menos 522 palestinos morreram na Cisjordânia em ataques de soldados ou colonos israelenses desde o início do conflito.
No mesmo período, 24 israelenses, incluindo oito membros das forças de segurança, morreram na Cisjordânia e em Israel em confrontos ou supostos ataques de palestinos no território ocupado, afirma o comunicado da ONU.
"Os assassinatos, a destruição e as violações generalizadas dos direitos humanos são inaceitáveis e devem cessar imediatamente", exigiu Turk, que fez um apelo a Israel para "adotar e aplicar normas de compromisso", que obedeçam às leis em termos de direitos humanos.
A missão diplomática israelense em Genebra reagiu dizendo em um comunicado que desde 7 de outubro, "a atividade terrorista aumentou drasticamente na Cisjordânia", com "mais de 500 ataques" perpetrados por palestinos neste território ocupado.
"Essa é a realidade que o Alto Comissariado escolheu ignorar e desestimar", afirmou a missão diplomática, que prometeu que Israel "seguirá operando contra o terrorismo palestino".
L.Carrico--PC