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Arbel e Judith, duas reféns no limbo do conflito na Faixa de Gaza
Dos 129 reféns ainda mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza, a AFP se aprofundou na vida de duas mulheres, ambas sequestradas em 7 de outubro no kibutz Nir Oz, perto da fronteira.
Naquele dia, combatentes do Hamas infiltraram-se no sul de Israel, em um ataque que deixou 1.140 mortos, a maioria civis, segundo autoridades. Também sequestraram cerca de 250 pessoas, que foram levadas para a Faixa de Gaza.
Segundo Israel, 129 reféns permanecem no território palestino sitiado.
- Arbel Yehud, 28
Arbel Yehud é uma jovem amável, de sorriso magnético, descreve seu pai. Ela foi sequestrada juntamente com o irmão Dolev, 35, e o companheiro, Ariel Cunio, 26.
Os três viviam no Kibutz Nir Oz e não se sabe o que aconteceu com eles. O pai de Arbel, Yechi Yehud, 64, vive em uma casa modesta, em Rishon LeZion, ao sul de Tel Aviv.
Arbel e Ariel estavam há cinco anos juntos quando foram sequestrados. “Tinham acabado de voltar de uma viagem grande pela América do Sul, estavam muito felizes, com muitos planos para o futuro”, diz Yehud, que deixou o kibutz em 2016 para ficar com a mulher, Yael, em Rishon LeZion, na casa onde nasceu. “Nossos filhos não quiseram deixar o kibutz."
Antes de 7 de outubro, as sirenes que alertam para possíveis disparos de foguetes do Hamas já eram uma lembrança da ameaça que se encontrava do outro lado da fronteira.
Circulam cada vez mais em Israel histórias de estupros e violência sexual cometidos por combatentes do Hamas em 7 de outubro e contra os reféns que estão em Gaza, o que o grupo nega.
“Não sei o que está acontecendo com ela, se foi torturada, se foi estuprada”, diz Yehud. "Por fora, talvez eu pareça forte, mas, por dentro, estou destruído."
- Judith Weinstein Haggai, 70
Os ataques aéreos incessantes, os combates e as condições do cativeiro representam uma ameaça grave aos reféns em Gaza. Para seus familiares, a cada dia que passa diminui a esperança de revê-los.
“Quero acreditar que ela está viva, mas não tenho certeza”, diz Ahl Haggai, filho de Judith Weinstein Haggai, considerada a mulher mais velha entre os reféns. Ela desapareceu em 7 de outubro, juntamente com o marido, Gad Hageo 72.
Em seu último telefonema, Judith disse a um paramédico que os dois estavam feridos, conta Haggai. Seus óculos foram encontrados mais tarde no kibutz.
“A única prova que temos é um vídeo que mostra meu pai na traseira de um caminhão, deitado e ferido”, ressalta Haggai no jardim de sua casa, em Amikam, norte de Israel. Ele se divide entre momentos de esperança e desespero.
“Minha mãe era, é, o ser humano mais terno que eu conheço. É doce, amável, honesta e carinhosa", descreve Haggai, 35.
Judith nasceu nos Estados Unidos e cresceu no Canadá. Visitou Israel quando era jovem e permaneceu no país após se apaixonar por Hageo.
O casal levava “uma vida saudável. Eles meditavam, caminhavam juntos e andavam de bicicleta pelos campos o tempo todo", conta Haggai. Mas sua mãe “não gostava do fato de que, a 2 km dali, havia 2 milhões de pessoas com quem ela não podia manter contato".
Judith trabalhou como professora de inglês por 30 anos e ajudava crianças com necessidades especiais. “As crianças a adoravam”, lembra Haggai. "Ela conseguia tocar o coração das crianças mais difíceis."
“Queria saber o que aconteceu com ela. Mas imagino que, se sobreviveu, ainda consegue manter a energia e o pensamento positivos", diz o filho.
E.Ramalho--PC