Portugal Colonial - Estônia pede que UE não ceda a 'medo' da Rússia

Estônia pede que UE não ceda a 'medo' da Rússia
Estônia pede que UE não ceda a 'medo' da Rússia / foto: John THYS - AFP

Estônia pede que UE não ceda a 'medo' da Rússia

A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, pediu, nesta quarta-feira (13), que a União Europeia não se deixe guiar pelo medo em relação à Rússia, em uma entrevista concedida à AFP na véspera de uma importante cúpula do bloco.

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"Há muito medo em relação à Rússia e esse medo pode dar [a Moscou] um poder excessivo. A Rússia só entende a linguagem da força e vê a fraqueza como uma provocação", garantiu Kallas.

Entre quinta e sexta-feira, os líderes dos 27 países-membros da UE participam de uma cúpula para adotar um novo pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 50 bilhões de euros (R$ 267 bilhões, na cotação atual).

No entanto, o primeiro-ministro húngaro, o nacionalista Viktor Orbán, expressou dúvidas sobre o aumento da ajuda, embora nesta quarta-feira a Comissão Europeia tenha anunciado que estava desbloqueando 10,2 bilhões de euros (cerca de 54,5 bilhões de reais) em fundos para a Hungria.

Kallas, que conversou recentemente com Orban, pediu aos líderes de todos os países-membros que mantenham a unidade.

"Devemos chegar a um acordo sobre os 50 bilhões para a Ucrânia. É muito importante para a UE, mas também para enviar uma mensagem aos Estados Unidos", enfatizou a primeira-ministra da Estônia, em um momento em que o Congresso americano vem bloqueando um novo pacote de ajuda para Kiev.

Kallas, que encabeça um governo de uma ex-república soviética cujos líderes costumam ser muito críticos à Rússia, quis transmitir uma posição de firmeza em um momento de desinteresse crescente por parte da opinião pública ocidental em relação à guerra na Ucrânia, que começou há 22 meses e foi ofuscada midiaticamente pelo conflito em Gaza.

"A guerra está esgotando a Rússia e não devemos subestimar nosso próprio poder", afirmou.

A primeira-ministra lembrou que "os orçamentos de defesa dos países ocidentais que apoiam militarmente a Ucrânia são 13 vezes superiores ao da Rússia, que é superestimado".

A.F.Rosado--PC