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Líder democrata no Senado dos EUA espera 'acordo em breve' sobre ajuda à Ucrânia
O líder da maioria democrata no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, afirmou, nesta quarta-feira (13), que "espera" que em breve seja alcançado um acordo sobre um pacote de ajuda para a Ucrânia, bloqueado e muito debatido no Congresso, mas crucial para o país em guerra contra a Rússia.
"Os negociadores se reuniram ontem à tarde. Foi uma reunião produtiva, foram alcançados avanços reais, mas, claro, ainda há muito trabalho a ser feito", disse Schumer à imprensa.
"Espero que possamos chegar em breve a um acordo para aprovar uma emenda suplementar no Senado", acrescentou.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, esteve em Washington esta semana para aumentar a pressão e garantir o fornecimento de fundos para a defesa contra a invasão russa.
O governo do democrata Joe Biden luta para conseguir que o Congresso aprove um pacote adicional de US$ 61 bilhões (R$ 302 bilhões) para Kiev.
Os legisladores de seu partido deram apoio, enquanto entre os republicanos não há oposição total, embora um grupo de congressistas da direita radical condicione seu voto ao endurecimento da política migratória.
Biden atacou duramente os congressistas republicanos que bloqueiam a solicitação e disse que reduzir o fornecimento de armas, munições e a ajuda financeira dos Estados Unidos à Ucrânia seria dar à Rússia o "maior presente de Natal" possível.
"As negociações continuam hoje entre democratas, republicanos e a administração Biden", indicou Schumer.
As medidas mais duras previstas na política migratória americana, no entanto, não agradam a todos: a poderosa associação de direitos civis ACLU as classifica como "fantasiosas".
Os legisladores americanos têm até sexta-feira, quando começa o recesso parlamentar, para chegar a um compromisso sobre o novo pacote. No entanto, teoricamente, os senadores podem ser retirados de suas circunscrições se um texto for apresentado.
O influente senador republicano Mitch McConnell, um grande defensor da ajuda à Ucrânia, também expressou confiança nesta quarta-feira.
"Tenho esperança de que chegaremos a um acordo", afirmou.
No entanto, para ser adotado definitivamente, este texto também teria que ser aprovado pela Câmara dos Representantes, onde há mais cautela nas negociações.
O Congresso se comprometeu a desembolsar mais de US$ 110 bilhões (R$ 545 bilhões) desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, mas não conseguiu chegar a um acordo sobre o novo pacote que busca ajudar a Ucrânia pelo menos até as eleições presidenciais de 2024, nas quais Biden será candidato à reeleição.
A.F.Rosado--PC