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Combates entre Israel e Hamas são retomados em Gaza após fim da trégua
Os combates foram retomados nesta sexta-feira (1) na Faixa de Gaza após o fim da trégua de uma semana entre Israel e Hamas, com mais de 100 mortos palestinos até o momento, segundo as autoridades do movimento islamista no território.
No início da manhã, o Exército israelense retomou os bombardeios e disparos de artilharia contra Gaza e os combatentes palestinos começaram a lançar foguetes em direção a Israel.
Ao escutar as primeiras explosões, milhares de habitantes começaram a fugir para hospitais e escolas que se transformaram em refúgios para deslocados, segundo correspondentes da AFP em Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza, governado pelo Hamas, afirmou que 109 pessoas morreram, incluindo crianças, e centenas ficaram feridas nos novos bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza.
O reinício dos combates acabou com a esperança de uma prorrogação da trégua de sete dias que permitiu a libertação de dezenas de reféns em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel, além de ter facilitado a entrada de ajuda na Faixa de Gaza.
A trégua representou uma pausa nos combates iniciados em 7 de outubro, quando combatentes do Hamas invadiram o território de Israel. O ataque surpresa deixou 1.200 mortos, a maioria civis, e 240 sequestrados, segundo as autoridades israelenses.
Em resposta, Israel prometeu aniquilar o Hamas e iniciou uma campanha de ataques aéreos e terrestres em Gaza que, segundo o governo do Hamas, deixou mais de 15.000 mortos, a maioria civis.
- Hamas vai levar uma "surra" -
A trégua veio abaixo apesar das intensas negociações diplomáticas.
Em visita à região, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu na noite de quinta-feira a prorrogação da trégua pelo "oitavo dia e mais", e para que, em caso contrário, fossem criadas zonas "seguras" para os civis em Gaza.
Mas na manhã desta sexta-feira, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que o Hamas "violou" o acordo ao "disparar foguetes" contra Israel.
"O governo israelense está decidido a alcançar os objetivos da guerra: liberar os reféns, eliminar o Hamas e garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça para o povo de Israel", afirmou o gabinete de Netanyahu em um comunicado.
O Hamas receberá "a mãe de todas as surras", prometeu um porta-voz do governo israelense.
Em resposta, Ezzat el Richq, líder da Jihad Islâmica na Palestina, outro movimento armado de Gaza, afirmou que o Exército israelense "não atingirá, retomando a guerra", os objetivos que "não conquistou antes da trégua".
- "Mapa de zonas a serem evacuadas" -
Na manhã desta sexta-feira, o Exército israelense começou a enviar mensagens aos celulares dos habitantes de alguns bairros da Cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, e de regiões de fronteira com Israel, no sul, com ordens para que partissem "imediatamente" porque aconteceriam "duros ataques militares".
Em sua página na internet, o Exército também publicou em árabe um "mapa de zonas a serem evacuadas" para que os habitantes do território pudessem fugir para sua própria segurança.
A trégua começou a perder força na quinta-feira, quando o Hamas reivindicou um ataque em Jerusalém que matou quatro israelenses.
No entanto, o movimento islamista havia expressado disposição em prorrogar a trégua, negociada pelo Catar, Egito e Estados Unidos, após um pedido de Blinken.
Nesta sexta, uma fonte próxima às negociações afirmou à AFP que as discussões continuavam com os mediadores cataris e egípcios, apesar da retomada dos combates.
Na noite de quinta-feira, um último grupo de oito reféns israelenses foi libertado pelo Hamas em troca de 30 presos palestinos por Israel.
- "Pesadelo" -
O recomeço dos combates mergulhou mais uma vez a Faixa de Gaza em um "pesadelo",afirmou nesta sexta-feira o chefe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Robert Mardini.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que lamenta "profundamente" o reinício das hostilidades e que espera que seja possível "renovar a pausa".
A trégua permitiu um respiro a uma população cercada e abalada por sete semanas de bombardeios israelenses. Também permitiu libertar 80 reféns israelenses, mulheres e crianças, e 240 presos palestinos, também mulheres e menores.
Quase 20 estrangeiros ou pessoas com dupla cidadania, a maioria tailandeses que trabalhavam em Israel, também foram liberados, mas fora do acordo.
- "Precisamos continuar lutando" -
O acordo também possibilitou a entrada de ajuda humanitária em Gaza, onde, segundo a ONU, os 2,4 milhões de habitantes sofrem insegurança alimentar.
"Nenhum caminhão de ajuda entrou em Gaza desde a retomada dos bombardeios israelenses", afirmou à AFP Wael Abu Omar, funcionário do terminal de Rafah (sul), passagem fronteiriça entre a Faixa de Gaza e Egito.
"Porém, está sendo preparada a retirada de vários feridos e a entrada em Gaza de locais que estavam bloqueados no exterior", afirmou.
As necessidades são imensas neste território, submetido a um bloqueio israelense desde 2007 e em estado de sítio total desde 9 de outubro.
Segundo a ONU, 1,7 milhão de pessoas foram deslocadas pela guerra e mais da metade das casas foram danificadas ou destruídas.
Em Israel, as autoridades restabeleceram a proibição de abertura de escolas que não possuam abrigos dentro dos padrões estabelecidos.
Em Tel Aviv, moradores entrevistados pela AFP disseram que a retomada das hostilidades era inevitável.
"Enquanto o Hamas estiver lá, precisamos continuar lutando", disse Ofir Dardary, de 39 anos.
A.Magalhes--PC