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Professor deslocado retoma aulas em escola transformada em abrigo em Gaza
Arrumou as cadeiras e começou a aula perguntando como se diz "amo a Palestina em inglês". No pátio de uma escola que virou abrigo para deslocados na Faixa de Gaza, Tareq al-Ennabi tenta transmitir uma sensação de normalidade aos alunos.
Em 7 de outubro, o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel, deixando 1.200 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses. Entre os mortos estavam mais de 300 soldados.
No dia seguinte, um domingo, o primeiro dia da semana na Faixa de Gaza, as crianças palestinas não foram à escola devido aos devastadores bombardeios lançados por Israel em resposta.
As escolas foram transformadas em abrigos improvisados para milhares de deslocados ou foram abandonadas por professores e alunos que tiveram de fugir.
O professor Ennabi, um jovem de 25 anos formado em literatura inglesa, deixou a sua escola – al Hourriya, ou liberdade em árabe, administrada pela ONU – na Cidade de Gaza, sitiada por tanques israelenses no momento crítico dos combates.
Após 48 dias de bombardeios, mais de 15 mil mortos, incluindo quase 6 mil menores, segundo o governo do Hamas, e mais de 1,7 milhão de deslocados, o professor decidiu, no primeiro dia da trégua, 24 de novembro, que as crianças deslocadas de Rafah voltariam às aulas.
- Dormir na escola -
Nas salas de aula, as famílias dormem em colchões. Nos corredores, outras pessoas se amontoam na tentativa de se protegerem do frio cortante.
No início do dia, no pátio, Ennabi dá aula para cerca de 40 meninos e meninas de todos os níveis do ensino fundamental. O material foi adquirido com pequenas doações arrecadadas com os deslocados.
O professor supervisiona os esforços dos alunos ao escreverem "Eu amo a Palestina" em árabe e inglês.
Layan, de 10 anos, interrompe a atividade brevemente para contar sua história: "saímos da Cidade de Gaza porque o ocupante (Israel) bombardeou a nossa casa, por isso agora dormimos na escola", diz.
"O tio Tareq nos ensina inglês. Quando eu crescer quero ser professora de inglês", diz alegremente.
Safa arrisca outra frase: "meu nome é Safa", sob os olhos do professor.
- Falar "ao mundo" -
Para ele, ensinar inglês em plena guerra é um ato de militância. Primeiro, diz à AFP, "devolvemos o sorriso às crianças". Depois, "as ajudamos a falar inglês para que possam ser ouvidas pelo mundo".
No momento, ensinava 40 alunos pela manhã e 40 à tarde, mas disse que esperava atrair outros colegas para sua causa.
Na Faixa de Gaza, pequeno território superpovoado e assolado pela pobreza, 81,5% dos habitantes são pobres e 46,6% estão sem emprego. Além disso, cerca da metade tem menos de 15 anos, segundo a ONU.
Porém, depois de 17 anos de bloqueio israelense e de repetidas guerras que destruíram muitas escolas, estas crianças e adolescentes não têm mais salas de aula.
Em tempos de paz, a ONU administrava mais de 180 escolas com horários complicados: em alguns centros, as aulas se dividem em três turnos, cada um deles atende a crianças de níveis diferentes para que todos possam ter algumas poucas horas de ensino por dia.
Na guerra atual, segundo o governo do Hamas, 266 escolas ficaram parcialmente destruídas e 67 completamente inutilizadas.
V.Dantas--PC