Portugal Colonial - Os presos palestinos que podem ser soltos após o acordo entre Israel e Hamas

Os presos palestinos que podem ser soltos após o acordo entre Israel e Hamas
Os presos palestinos que podem ser soltos após o acordo entre Israel e Hamas / foto: AHMAD GHARABLI - AFP

Os presos palestinos que podem ser soltos após o acordo entre Israel e Hamas

A maioria dos palestinos que podem ser liberados após o acordo alcançado entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas são adolescentes, segundo uma lista oficial publicada nesta quarta-feira(22) por Israel.

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Israel e Hamas anunciaram, nesta quarta-feira, um acordo para a libertação de ao menos 50 reféns do movimento islamista em troca de 150 presos palestinos e uma trégua de quatro dias na Faixa de Gaza.

A primeira fase prevê a libertação de 50 reféns israelenses e de 150 presos palestinos em um período de quatro dias. Poderiam ser seguidas por outras trocas na mesma proporção de três para um.

Israel divulgou os nomes de 300 presos palestinos que poderiam estar entre os libertados. Entre eles, há 33 mulheres, 123 adolescentes e 144 homens de cerca 18 anos.

O mais jovem é Adam Abuda Hasan Gheit, de 14 anos, oriundo de Jerusalém Oriental, cidade ocupada e anexada por Israel. Foi detido em maio por "sabotagem (...), agressão a um agente de polícia e lançar pedras".

A mais velha é uma mulher de 59 anos, Hanan Salah Abdallah Barghuti, detida em setembro por "atividades vinculadas ao Hamas, incluindo transferências de dinheiro".

Dos 300 detidos, 49 são membros do Hamas, 60 do Fatah - o partido do presidente da Autoridade Palestina na Cisjordânia - e 17 pertencem à Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP, movimento palestino de base marxista). A afiliação dos demais não foi especificada.

A presa mais conhecida é Israa Jaabis, de 38 anos, condenada por explodir uma bomba de gás em seu veículo em um posto de controle em 2015 e ferir um policial. Cumpre uma pena de onze anos de prisão.

- Acordo "duplamente bem-vindo" -

A organização israelense de direitos humanos Hamoked acolheu o acordo com satisfação.

"A tomada de reféns é em si mesma ilegal, um crime de guerra, e o Hamas deveria liberar todos os reféns sem condições", declarou sua diretora-executiva, Jessica Montell, citada em nota. No entanto, considerou "apropriado que Israel liberte prisioneiros para alcançar este objetivo".

A maioria dos presos palestinos que provavelmente serão soltos estão "à espera de julgamento, com acusações que vão desde o lançamento de pedras até tentativa de assassinato", disse.

Destacou a presença de mulheres e adolescentes detidos sem acusações ou julgamento, no marco de uma prisão administrativa, ou seja, sem que as autoridades israelenses tenham apresentado acusações contra eles.

Montel destacou que "estas pessoas deveriam ter sido libertadas sem condições, por isso um acordo para libertar reféns israelenses e presos administrativos palestinos é duplamente bem-vindo".

A.P.Maia--PC