Portugal Colonial - Manifestações em vários continentes pedem fim de bombardeios israelenses em Gaza

Manifestações em vários continentes pedem fim de bombardeios israelenses em Gaza
Manifestações em vários continentes pedem fim de bombardeios israelenses em Gaza / foto: Stefani Reynolds - AFP

Manifestações em vários continentes pedem fim de bombardeios israelenses em Gaza

Manifestações exigindo o fim dos bombardeios israelenses contra a população civil no território palestino de Gaza mobilizaram neste sábado (4) milhares de pessoas na Europa e nos Estados Unidos, assim como no Irã, Senegal e Venezuela.

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O conflito foi desencadeado após o sangrento ataque do movimento islamista Hamas em território israelense em 7 de outubro, que resultou em pelo menos 1.400 mortes, a maioria civis.

Desde então, Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza e, de acordo com o Hamas, que governa o território, quase 9.500 pessoas, incluindo 3.900 crianças, já morreram na ofensiva.

- EUA -

Milhares de pessoas se manifestaram em Washington para pedir um "cessar-fogo" em Gaza e se opor à política de apoio dos Estados Unidos a Israel.

"Dizemos não, genocida Joe", gritavam os manifestantes, referindo-se ao presidente democrata Joe Biden.

"Somos tão humanos quanto os ucranianos" e "Biden, Biden, não se esconda, você aprovou o genocídio", diziam alguns cartazes.

- Inglaterra -

Pelo menos 30 mil pessoas se manifestaram pelo quarto sábado seguido na praça de Trafalgar, em Londres, segundo a polícia.

Dezenas de manifestações também ocorreram em cidades como Bristol, Liverpool e Oxford.

Outro protesto está planejado para o próximo sábado em Londres, coincidindo com o Dia do Armistício da Primeira Guerra Mundial. O primeiro-ministro Rishi Sunak descreveu a convocação do ato como "provocativa e desrespeitosa".

- França -

Ao menos 19 mil pessoas foram às ruas de Paris em um protesto convocado por associações, sindicatos e partidos, informou a polícia, que autorizou a marcha.

O ministro do Interior, Gérald Darmanin, havia proibido “manifestações pró-palestinas” anteriores, considerando-as “suscetíveis de causar distúrbios públicos”.

Outras 40 manifestações ocorreram em cidades como Lyon, com cerca de 5 mil participantes, e Estrasburgo, de acordo com a mesma fonte.

- Alemanha -

Em Berlim, mais de 3.500 pessoas se reuniram na Alexanderplatz, no centro da capital alemã.

Alguns cartazes exibiam mensagens como "Salvem Gaza", "Parem o genocídio" e "Cessar-fogo", observaram repórteres da AFP.

Os participantes, muitos deles usando o keffiyeh, o lenço dos ativistas palestinos, gritavam "Palestina livre!". Também houve protestos em Düsseldorf, no oeste do país.

- Irã -

A mídia estatal iraniana relatou centenas de manifestações em apoio aos palestinos e para denunciar os Estados Unidos e Israel, coincidindo com a comemoração anual da tomada de reféns na embaixada dos EUA em Teerã em 1979.

"Abaixo Estados Unidos, abaixo Israel!", gritavam os manifestantes. Alguns queimaram e pisotearam bandeiras dos dois países, segundo repórteres da AFP.

De acordo com os meios oficiais, as próprias autoridades organizaram protestos em 1.200 cidades, como Mashhad, Isfahan e Shiraz.

- Venezuela -

Cerca de 2 mil simpatizantes do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, marcharam em apoio à Palestina em Caracas, em um ato convocado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (no poder).

"Viva Palestina livre!" e "Palestina existe e resiste", proclamavam alguns dos cartazes exibidos.

- Outros -

No Senegal, uma manifestação em frente à mesquita de Dakar reuniu cerca de 200 pessoas.

Outro protesto ocorreu ainda em Lahore, no Paquistão.

T.Resende--PC