Portugal Colonial - 'Ninguém pode ignorar os resultados' das primárias, diz oposição da Venezuela

'Ninguém pode ignorar os resultados' das primárias, diz oposição da Venezuela
'Ninguém pode ignorar os resultados' das primárias, diz oposição da Venezuela / foto: Federico Parra - AFP/Arquivos

'Ninguém pode ignorar os resultados' das primárias, diz oposição da Venezuela

A oposição venezuelana reiterou, nesta quarta-feira (1º), seu apoio a María Corina Machado como sua candidata, apesar de estar inabilitada politicamente e de a Justiça ter invalidado as eleições primárias, das quais saiu vitoriosa.

Tamanho do texto:

"Nada, nem ninguém, pode ignorar os resultados e seus efeitos políticos e menos ainda desconhecer (...) os fatores democráticos. Todos nós que participamos das primárias, elegemos uma candidatura unitária que tem um mandato claro do povo venezuelano; que hoje as forças democráticas são lideradas por María Corina Machado; e que, com ela como candidata, vamos ganhar a eleição presidencial de 2024", disse Biagio Pilieri, membro da coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD), em entrevista coletiva.

As primárias para eleger o rival do presidente Nicolás Maduro nas eleições de 2024 foram realizadas na forma de autogestão em 22 de outubro, com a participação de 2,4 milhões de eleitores, segundo seus organizadores, e a vitória de Machado com 92% dos votos.

O chavismo não reconhece o resultado e insiste em que os números foram inflados.

Em resposta a uma liminar, o Supremo Tribunal venezuelano - de linha governista - suspendeu "todos os efeitos" das primárias, e o Ministério Público abriu uma investigação contra a comissão que a organizou sob suspeita de fraude.

"Está muito claro: o governo perdeu, e o país ganhou", afirmou Pilieri.

As eleições internas duraram cinco dias, depois de o governo e a oposição terem acordado, em uma mesa de diálogo, realizar as eleições presidenciais no segundo semestre de 2024 com a observação da União Europeia e de outros atores internacionais.

Washington, em resposta, aliviou por seis meses o embargo petrolífero imposto ao país em 2019, embora tenha advertido que o não cumprimento do acordo expõe Maduro à reimposição das sanções levantadas.

Um tema que não foi resolvido no diálogo são as inelegibilidades dos adversários. Em sua sentença, o Supremo reafirmou a sanção contra Machado, referindo-se a ela como "uma cidadã firmemente inabilitada por 15 anos" por corrupção.

"A inabilitação ficou resolvida para nós em 22 de outubro, quando o povo se manifestou", disse Pilieri, alinhado com discurso de Machado sobre o assunto.

P.Cavaco--PC