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Rei Charles III diz que não há 'desculpas' para violência colonial no Quênia
O rei Charles III afirmou, nesta terça-feira (31), durante uma visita ao Quênia, que não há "desculpas" possíveis para as atrocidades cometidas na época colonial pelo império britânico, mas não pediu perdão, como exigiam algumas vozes neste país do leste da África.
"Houve abjetos e injustificáveis atos de violência contra quenianos enquanto travavam (...) uma dura batalha pela independência e soberania. E para isso não pode haver desculpas" possíveis, declarou o monarca durante um jantar de Estado oferecido pelo presidente do Quênia, William Ruto.
Embora a visita de Estado de Charles e da rainha Camilla foi apresentada como uma oportunidade para olhar em direção ao futuro e fortalecer os laços entre Londres e Nairóbi, o Palácio de Buckingham havia dito que o monarca abordaria os "males" históricos cometidos durante as décadas de domínio colonial.
Trata-se da primeira viagem de Charles III, de 74 anos, como rei a um país da Commonwealth, a Comunidade das Nações britânicas. A visita acontece antes do Quênia celebrar o 60º aniversário da sua independência da coroa britânica, em dezembro.
Após serem recebidos pelo casal presidencial queniano William e Rachel Ruto, Charles III - vestido com um terno listrado azul adornado com uma papoula vermelha - e Camilla, vestida de branco, fizeram uma visita simbólica aos "Jardins da Liberdade" ("Uhuru Gardens" - "Uhuru" significa liberdade em suaíli) da capital.
O soberano depositou uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido neste local onde a bandeira queniana foi hasteada em dezembro de 1963, no lugar da "Union Jack" britânica.
- "A maior dor" -
O rei disse que esperava "conhecer algumas pessoas cujas vidas e comunidades se viram tão gravemente afetadas" pela violência colonial.
Entre 1952 e 1960, mais de 10.000 pessoas morreram durante a revolta Mau Mau contra o poder colonial, uma das repressões mais sangrentas do império britânico, que também deixou 32 colonos mortos.
Charles III afirmou que "os atos ruins do passado são responsáveis pela maior dor e pelo arrependimento mais profundo".
"Nada disso pode mudar o passado, mas encarando nossa história com honestidade e abertura, talvez possamos mostrar a fortaleza de nossa amizade atual, e fazendo isso, espero que possamos continuar construindo um vínculo cada vez mais estreito nos próximos anos", concluiu o rei.
Ruto afirmou que a reação do poder colonial aos movimentos de autodeterminação do Quênia foi "monstruosa por sua crueldade", mas destacou que a "valentia e disposição" do rei Charles para "dar luz a verdades incômodas" poderia ser o primeiro passo para alcançar "progressos, deixando para trás as vacilantes e equivocadas" medidas adotadas nos últimos anos.
- Desculpas públicas incondicionais -
No entanto, o rei não apresentou as desculpas exigidas por parte da população queniana.
No domingo, a ONG Comissão dos Direitos Humanos do Quênia (KHRC) pediu "ao rei, em nome do governo britânico, que apresente um pedido público incondicional e inequívoco de desculpas (...) pelo tratamento brutal e desumano infligido aos cidadãos quenianos durante todo o período colonial", entre 1895 e 1963.
A KHRC também pediu reparações "por todas as atrocidades cometidas contra diferentes grupos no país".
Após anos de processos judiciais, Londres concordou em 2013 em indenizar mais de 5.000 vítimas quenianas pelos abusos durante a revolta dos Mau-Mau.
O ministro das Relações Exteriores, William Hague, expressou então o "sincero pesar" do Reino Unido.
O casal real ficará em Nairóbi por dois dias. O programa inclui encontros com empresários, jovens, um banquete de Estado e uma visita a um novo museu dedicado à história do Quênia.
A Commonwealth, um vestígio do Império Britânico, reúne 56 países, na maioria antigas colônias britânicas, e está enfraquecida devido às críticas cada vez mais intensas sobre o passado colonial do Reino Unido.
Nos últimos anos, várias ex-potências coloniais expressaram arrependimento ou pediram desculpas pelos abusos cometidos no passado, como Bélgica, Países Baixos e Itália, entre outros.
Em junho de 2020, o rei Filipe da Bélgica expressou seu "mais profundo pesar" pelas "feridas" infligidas durante a época colonial no Congo Belga, atual República Democrática do Congo (RDC).
Sete anos antes, o governo neerlandês pediu oficialmente desculpas pelas execuções sumárias ocorridas na Indonésia durante o processo de descolonização nos anos 1940.
Esse gesto foi reforçado em julho do mesmo ano, quando o rei Wilem-Alexander dos Países Baixos pediu oficialmente desculpas pelo passado escravista de seu país durante a época colonial, afirmando-se "pessoal e intensamente" afetado.
Em 2008, o então primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi pediu desculpas à Líbia durante a assinatura de um tratado sobre a colonização (1911-1942).
C.Amaral--PC