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Manifestações em apoio a Gaza se espalham por países árabes e muçulmanos
Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se, nesta sexta-feira (20), em várias cidades como Cairo, Tunes e Bagdá, em apoio aos palestinos da Faixa de Gaza, bombardeada por Israel desde o ataque do Hamas de 7 de outubro.
Mais de 1.400 pessoas morreram em território israelense nos ataques do movimento islamista palestino desde 7 de outubro, a maioria nesse mesmo dia, segundo as autoridades israelenses.
Além disso, segundo o Exército israelense, 1.500 combatentes do Hamas morreram na contraofensiva com a qual Israel recuperou o controle das áreas atacadas.
Na Faixa de Gaza, submetida a um bloqueio israelense quase total, mais de 4.100 palestinos, civis em sua maioria, morreram nos incessantes bombardeios que Israel lançou em represália, segundo as autoridades locais.
Após a oração de sexta-feira, milhares de pessoas foram às ruas "em apoio a Gaza" em diversas cidades árabes e de maioria muçulmana, dois dias depois do "dia de ira" no qual também foram convocados muitos protestos.
No Egito, segundo veículos de imprensa locais, ocorreram marchas nas principais cidades do país.
Na capital, Cairo, dezenas de milhares de egípcios se manifestaram, sobretudo na emblemática praça Tahrir, gritando "Pão, liberdade, Palestina árabe" e "O povo quer a queda de Israel", lemas inspirados nos da "revolução de 2011", que derrubou o então presidente Hosni Mubarak.
- "Salvem Gaza!" -
Na capital iraquiana, Bagdá, milhares de pessoas manifestaram-se, incluindo muitos simpatizantes do Hashed al Shaabi, uma coalizão de facções armadas pró-Irã, arqui-inimigo de Israel e apoiador do Hamas.
"Apoiamos o povo palestino contra a entidade israelense ocupante", declarou à AFP Ali Husein, um taxista de 45 anos.
Também ocorreram protestos nas províncias iraquianas de Nínive (norte) e de Dhi Qar (sul).
No oeste do país, centenas de simpatizantes do Hashed al Shaabi iniciaram um protesto em "apoio a Gaza".
Também houve protestos na Jordânia, país vizinho a Israel, com o qual assinou um tratado de paz. Na capital, Amã, mais de 5.000 pessoas manifestaram-se em frente à grande mesquita Husseini aos gritos de "Salvem Gaza" e "Abram as fronteiras para apoiar o povo palestino!".
No Irã, centenas de pessoas protestaram à noite em Teerã, gritando: "Morte aos Estados Unidos!" e "Morte a Israel".
Os libaneses também foram às ruas, tanto em Beirute como em sua periferia sul, reduto do movimento Hezbollah, aliado do Hamas.
Em Tunes, milhares de manifestantes concentraram-se diante da embaixada da França, país acusado de apoiar Israel em sua guerra contra Hamas.
"Fora, França!", gritaram os manifestantes, expressando seu apoio ao Hamas.
E ao norte da capital, dezenas de pessoas se concentraram em frente à embaixada dos Estados Unidos e queimaram a bandeira americana.
A capital iemenita, Saná, que é controlada pelos rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, foi palco de uma grande manifestação na qual foram estendidas enormes bandeiras palestinas.
No Golfo, 2.000 pessoas protestaram no Bahrein, onde proferiram palavras de ordem contra Israel e os EUA.
"Sou mãe, não posso nem imaginar as atrocidades que as famílias de Gaza estão sofrendo", disse uma manifestante com seu bebê nos braços, durante uma marcha organizada após a oração.
burs-gde/cab/jvb/eg/dd/mvv
N.Esteves--PC