Portugal Colonial - Ajuda deve entrar em Gaza no sábado, afirma subsecretário da ONU

Ajuda deve entrar em Gaza no sábado, afirma subsecretário da ONU
Ajuda deve entrar em Gaza no sábado, afirma subsecretário da ONU / foto: Giuseppe CACACE - AFP

Ajuda deve entrar em Gaza no sábado, afirma subsecretário da ONU

A ajuda humanitária internacional procedente do Egito poderá entrar na Faixa de Gaza, cercada por Israel, "amanhã (sábado) ou depois", declarou nesta sexta-feira (20) o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.

Tamanho do texto:

"Nós estamos em negociações profundas e avançadas com todas as partes relevantes para garantir que uma operação de ajuda em Gaza comece o mais rápido possível", afirmou Griffiths, citado por um porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) em Genebra.

"A primeira entrega deve começar amanhã, ou depois", disse Griffiths.

Questionado sobre o aguardado envio de ajuda ao enclave palestino, o porta-voz Jens Laerke admitiu que não poderia ser mais preciso sobre a abertura da passagem de Rafah, na fronteira entre o Egito e Gaza, e único ponto de entrada para a Faixa que não é controlado por Israel.

O porta-voz disse esperar que "as entregas possam começar o mais rápido possível, de forma segura e de maneira duradoura".

Israel aceitou a entrada de ajuda estritamente humanitária na Faixa de Gaza, mas até o momento não respondeu aos apelos da ONU e de várias ONGs para permitir a entrada de combustível, necessário para os geradores dos hospitais e estações de dessalinização.

Caminhões com ajuda permanecem na passagem de Rafah e aguardam para entrar em Gaza, onde vivem 2,4 milhões de palestinos.

Os blocos de concreto instalados pelos egípcios na passagem de fronteira desde o início dos bombardeios israelenses em Gaza foram retirados, informou uma fonte das forças de segurança egípcias à AFP nesta sexta-feira.

A situação da população do enclave, sob cerco total de Israel, que impede o fornecimento de energia elétrica, água e alimentos, é crítica.

Israel bombardeia o território, sem trégua, desde o ataque do grupo islamista palestino Hamas em 7 de outubro, que matou mais de 1.400 pessoas em território israelense. Além disso, mais de 200 pessoas foram sequestradas.

Do lado palestino, mais de 3.700 pessoas morreram nos bombardeios israelenses, segundo o Hamas.

O alto comissário da ONU para os refugiados afirmou que a situação é muito preocupante em Gaza.

"Qualquer nova escalada ou mesmo continuação das atividades militares será simplesmente catastrófica para o povo de Gaza", disse Filippo Grandi à imprensa durante uma visita ao Japão.

Ele também afirmou que as consequências de uma propagação do conflito para o Líbano e outras áreas da região seriam "incalculáveis".

H.Silva--PC