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Biden discursará à nação em busca de apoio para Israel e Ucrânia
Em campanha para um segundo mandato, o presidente americano, Joe Biden, fará um discurso à nação nesta quinta-feira à noite (19) em busca de apoio para a defesa de Israel e da Ucrânia, uma aposta arriscada que poderá irritar seus rivais políticos e uma parte de seu eleitorado.
O pronunciamento está marcado para as 20h (21h em Brasília), direto do Salão Oval, e se concentrará na "resposta aos ataques terroristas do Hamas contra Israel e na brutal agressão da Rússia contra a Ucrânia".
O presidente, que voltou de Tel Aviv nesta quarta-feira, acredita que pode forjar um consenso político, ou pelo menos orçamentário, combinando os dois países em guerra em um mesmo pacote de ajuda.
Uma fonte próxima ao presidente disse à AFP na terça-feira que a Casa Branca planeja pedir ao Congresso US$ 100 bilhões (R$ 505 bilhões na cotação do dia) para Ucrânia, Israel, Taiwan e a crise migratória na fronteira com o México.
Os republicanos duvidam da conveniência de aumentar a ajuda militar à Ucrânia, mas são os primeiros a exigir apoio maciço a Israel e mais firmeza em matéria migratória e em relação à China.
Mas os conservadores estão absortos em seus problemas: não conseguem chegar a um acordo para eleger o presidente da Câmara Baixa do Congresso, onde a direita radical tenta, em vão, impor um dos seus nomes.
Em meio a esse caos, Biden quer se apresentar como um homem de ação, quando as pesquisas alertam para a preocupação do eleitorado com sua idade, 80 anos.
Se não conseguir mobilizar o Congresso, onde seu Partido Democrata controla apenas o Senado, o país caminhará para a paralisia orçamental em 17 de Novembro.
E.Paulino--PC