Portugal Colonial - Blinken pede à China para usar 'sua influência' no Oriente Médio

Blinken pede à China para usar 'sua influência' no Oriente Médio
Blinken pede à China para usar 'sua influência' no Oriente Médio / foto: Jacquelyn Martin - POOL/AFP

Blinken pede à China para usar 'sua influência' no Oriente Médio

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu, em telefonema neste sábado (14) com a China, parceira do Irã, que use sua influência para pressionar pela calma no Oriente Médio.

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Durante sua visita à Arábia Saudita, o secretário americano teve um telefonema "produtivo" de uma hora com o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

"Nossa mensagem foi que ele acha que é do nosso interesse compartilhado impedir que o conflito se espalhe", disse Miller à imprensa no avião que levava Blinken de Riade, na Arábia Saudita, para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

"Ele pensou que poderia ser útil, se a China pudesse usar sua influência", completou.

Pequim tem uma relação próxima com o Irã, cuja liderança clerical apoia tanto o Hamas, o grupo islâmico palestino que governa Gaza autor dos sangrentos ataques em Israel há uma semana, quanto o Hezbollah, o grupo militante libanês que poderia abrir uma segunda frente contra Israel.

Wang afirmou, por sua vez, que os Estados Unidos deveriam "desempenhar um papel construtivo e responsável, empurrando a questão de volta para o caminho de uma solução política o mais rápido possível", de acordo com uma nota publicada pelo Ministério das Relações Exteriores chinês.

"Ao lidar com questões internacionais quentes, os principais países devem aderir à objetividade e à justiça, manter a calma e a moderação e assumir a liderança no cumprimento do direito internacional", frisou Wang.

O chanceler chinês declarou, ainda, que Pequim pediu "a convocação de uma reunião internacional de paz, o mais rápido possível, para promover a obtenção de um amplo consenso".

"A saída fundamental para a questão palestina está na implementação de uma 'solução de dois Estados'", ressaltou Wang.

As declarações oficiais da China sobre o conflito não mencionaram o Hamas, especificamente, em suas condenações da violência. Isso gerou críticas de algumas autoridades ocidentais, alegando que essas falas eram muito fracas.

Os Estados Unidos consideram a China seu principal adversário global, mas as duas potências têm trabalhado para estabilizar sua relação. Em junho, Blinken fez uma rara visita a Pequim.

Segundo o porta-voz Miller, o Oriente Médio é um exemplo de áreas onde as duas potências podem trabalhar juntas.

O telefonema incluiu uma discussão sobre as relações China-EUA, que têm sido fortemente tensas nos últimos anos por uma série de questões comerciais e geopolíticas espinhosas. Mas Wang sugeriu que há alguns sinais positivos.

"China e Estados Unidos fizeram, recentemente, uma série de contatos de alto nível, e as relações bilaterais parecem ter parado de escorregar e se estabilizaram", completou Wang.

"[Isso] foi bem-recebido pelos povos dos dois países e pela comunidade internacional", reforçou.

L.E.Campos--PC