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Republicanos voltam a se reunir para eleger presidente da Câmara nos EUA
Os republicanos tentarão novamente, nesta quinta-feira (12), entrar em acordo sobre um novo presidente da Câmara dos Representantes para pôr fim à paralisia do Congresso.
Os conservadores se reúnem ao longo do dia de hoje para tentar sair do atoleiro.
Se as arestas não forem aparadas, os Estados Unidos não poderão votar a favor de uma nova ajuda para Israel, um aliado histórico, em plena guerra com o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.
E tampouco uma nova remessa de fundos para a Ucrânia, que os políticos levam semanas debatendo.
O Congresso americano é composto por duas casas: o Senado, onde os democratas do presidente Joe Biden têm maioria, e a Câmara dos Representantes, afundada em um caos político sem precedentes.
- Destituição histórica -
O último "speaker" da Câmara, Kevin McCarthy, foi destituído em 3 de outubro devido às disputas entre congressistas republicanos moderados e simpatizantes do ex-presidente Donald Trump.
Em seus mais de 200 anos de história, os Estados Unidos jamais tinham destituído o presidente da Câmara dos Representantes.
Esta destituição trouxe à tona as enormes fissuras entre os conservadores americanos, faltando um ano para as eleições presidenciais de 2024.
E afundou a Câmara, supostamente uma das mais poderosas do mundo, em uma paralisia.
Atualmente, a instituição não pode colocar em votação nenhum texto, um incômodo para um país que ainda assume o papel de polícia mundial.
Tampouco pode votar sobre um novo orçamento para o governo federal, apesar de o último expirar dentro de poucas semanas, o que deixa a maior potência econômica mundial novamente em perigo de paralisação administrativa.
- Scalise busca apoio -
Várias cartas estão sobre a mesa para pôr fim a esta situação.
Dois candidatos, um da ala moderada do partido e o outro próximo a Trump. Os dois grupos opostos se enfrentaram em uma votação informal na quarta-feira.
O congressista por Louisiana Steve Scalise, líder do grupo republicano, venceu esta votação contra o trumpista Jim Jordan.
Scalise esperava poder submeter à votação sua candidatura imediatamente em sessão plenária no hemiciclo, um passo necessário, mas uma dezena de conservadores garantiu que se oporia a ela por vários motivos: as posições orçamentárias do congressista, o fato de que ele sofre de câncer e um discurso pronunciado há duas décadas em uma convenção sobre um ex-líder do Ku Klux Klan.
Steve Scalise tem previstas várias reuniões para tentar obter apoio, mas parece pouco provável que se chegue a uma solução nesta quinta.
O Partido Democrata de Joe Biden é minoritário na Câmara e, por isso, observa como espectador as negociações caóticas do outro lado. Mas, em teoria, poderia alcançar uma aliança com os republicanos moderados para pôr fim a esta situação.
X.Matos--PC