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A dor dos refugiados ucranianos que retornaram a Kharkiv
Enquanto recolhe pedaços de metal perto da cama elástica de sua filha, Tatiana Filipova relembra o bombardeio russo com drones em seu bairro de Kharkiv (nordeste da Ucrânia), para onde voltou após fugir no início da guerra.
Assim como ela e sua família, centenas de milhares de pessoas fugiram desta região fronteiriça parcialmente ocupada pelo Exército da Rússia durante os primeiros meses da ofensiva, iniciada em fevereiro de 2022.
Após vários meses longe de suas casas, milhares de moradores retornaram à região reconquistada pelo Exército ucraniano no ano passado. E desde então tentam recuperar uma vida semelhante à normalidade, mas agora são ameaçados por uma contraofensiva de Moscou na cidade de Kupiansk, um cruzamento ferroviário localizado na mesma região.
Na semana passada, autoridades de cidades próximas à Kupiansk pediram a seus habitantes que deixassem suas casas antes do avanço das tropas russas.
"Minha vida parou", lamenta Filipova, lembrando o dia em que fugiu de Kharkiv em março de 2022. A gerente de marketing de 35 anos se refugiou na região de Cherkasy (centro) com sua filha de 3 anos, seus três gatos e tudo o que pôde levar no porta-malas do carro.
Nesse período, ela também foi separada do marido, que teve que ficar em Kharkiv com o avô doente. Após a retirada do Exército russo, ele decidiu voltar à sua cidade, mas sua esperança de recuperar uma vida normal foi frustrada quando estilhaços de um bombardeio atingiram sua casa enquanto estava no local com o filho.
"Quando vivemos em Kharkiv, podemos ser atingidos (por bombardeios) a qualquer momento", reconhece Filipova.
Assim como ela, muitos refugiados que voltaram ao local vivem em constante medo nesta grande cidade, localizada a cerca de 30 quilômetros da fronteira com a Rússia.
"Se tivéssemos ficado em Kiev, isso nunca teria acontecido", disse Victoria Revenko, citando a morte de seu marido na linha de frente.
Seus dois filhos, de 11 e 9 anos, têm dificuldade em aceitar a morte do pai e continuam lhe enviando mensagens no celular.
- "Fatalismo" -
Apesar da constante ameaça de guerra, 1,2 milhão de pessoas vive atualmente em Kharkiv, em comparação ao 1,5 milhão de antes do início do conflito, segundo o prefeito da cidade, Igor Terejov.
No entanto, durante os primeiros meses da invasão russa, apenas 300 mil pessoas permaneceram na segunda maior cidade do país.
Para a analista política Natalia Zubar, os inúmeros casos de moradores que retornaram a Kharkiv refletem o "fatalismo" de quem vive grande sofrimento no exílio e prefere correr o risco de viver em um local ameaçado por bombas.
Os bombardeios são tão comuns na região que, diante dos alarmes antiaéreos, muitos de seus habitantes seguem levando uma vida normal e não se escondem em abrigos.
Alina Ostrykova, que trabalha para uma ONG, cita um bom exemplo disso ao ver uma garota andando de salto alto em frente a um bar.
"Ela sabe que não será fácil para ela correr para um abrigo de salto alto. Mas que escolha nós temos? É só correr?", questiona a mulher de 31 anos sobre a vontade de parte dos ucranianos de recuperar a indolência da vida normal antes da guerra.
L.Mesquita--PC