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Líder local ligado ao correísmo é morto a tiros no Equador
Um líder local do partido da candidata à presidência Luisa González, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, foi morto nesta segunda-feira (14) no noroeste do Equador, informou a presidenciavel, cinco dias após o assassinato do candidato Fernando Villavicencio.
"Meu abraço solidário à família do companheiro Pedro Briones, vítima da violência", expressou Luisa na rede social X, antigo Twitter. O ex-presidente socialista (2007-2017) somou-se às condolências. "Mataram outro companheiro nosso em Esmeraldas. Chega!", publicou, na mesma rede social.
O Ministério do Interior e a polícia não responderam aos questionamentos da imprensa.
A candidata presidencial, favorita nas pesquisas para as eleições gerais antecipadas do próximo domingo, acrescentou que "o Equador vive sua época mais sangrenta". "Devemos isso ao abandono total de um governo inepto e a um Estado dominado por máfias", acrescentou.
Briones era líder local do setor rural de San Mateo, na tumultuada província costeira de Esmeraldas (noroeste, na fronteira com a Colômbia), pelo movimento Revolução Cidadã, de Correa. "Outra perda que parte nossos corações. Uma bala assassina tirou sua vida", disse Paola Cabezas, ex-deputada e ex-governadora de Esmeraldas pelo correísmo.
Citando fontes da polícia, o principal jornal do país, Universo, informou que dois pistoleiros chegaram de moto à sua residência, no parque de San Mateo, e atiraram em Briones.
O governo da Colômbia, liderado pelo esquerdista Gustavo Petro, expressou sua dor pelo crime de Briones, depois que seis de seus compatriotas foram presos e outro foi morto pelo assassinato do centrista Villavicencio por um matador colombiano no último dia 9.
Bogotá "volta a manifestar sua solidariedade ao povo equatoriano, à sua liderança e aos grupos políticos que lutam pela democracia no país irmão do Equador. O governo repudia esses atos criminosos contra a democracia equatoriana e confia em que os responsáveis serão punidos com todo o peso da lei", manifestou o governo.
O governo Petro não se pronunciou após o assassinato do centrista Villavicencio. Uma semana antes, o ex-jornalista investigativo, cujas denúncias de corrupção resultaram em uma condenação de oito anos de prisão para Correa, disse ter sido ameaçado de morte pelo líder detido da quadrilha criminosa Los Choneros, a principal do Equador, aliada do cartel mexicano de Sinaloa.
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, responsabilizou o crime organizado pelo evento sem precedentes, embora as autoridades ainda não tenham determinado quem ordenou a sua morte.
A.F.Rosado--PC