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Republicano DeSantis afirma que eleições de 2020 não foram fraudadas
Ao contrário de Donald Trump, o pré-candidato presidencial americano Ron DeSantis negou que a corrida eleitoral de 2020 tenha sido fraudada, durante uma entrevista à NBC. Ele alerta que os republicanos irão perder as eleições em 2024 caso não abandonem o ex-presidente, encurralado por processos judiciais.
Entre os republicanos, Trump é o favorito para as primárias, com uma ampla margem de diferença sobre o governador da Flórida, que ocupa o segundo lugar.
Segundo DeSantis, as últimas eleições não foram perfeitas, mas não houve jogo sujo por parte dos democratas do presidente Joe Biden.
"Claro que ele perdeu. É evidente. Joe Biden é o presidente", disse DeSantis à NBC no domingo, após passar dois meses sem dar entrevista para canais deste tipo. Ele deu preferência para os canais conservadores online e na TV a cabo.
A NBC divulgou trechos da entrevista, que será transmitida nesta segunda-feira.
A maioria dos eleitores republicanos acredita erroneamente que Trump foi o vencedor da corrida eleitoral, de acordo com pesquisas.
DeSantis criticou, no entanto, o que considera um excesso de confiança na votação por correio - uma prática denunciada por Trump, mas incentivada pelo Partido Republicano e disponível na Flórida.
Trump, de 77 anos, enfrenta três acusações criminais, a última por ter tentado alterar o resultado das eleições, que culminaram no ataque em 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio, templo da democracia nos Estados Unidos.
Além disso, a Promotoria da Geórgia investiga se Trump tentou ilegalmente alterar o resultado das eleições de 2020 neste estado do sul do país.
Na entrevista, DeSantis afirmou que focar demais nos problemas legais do ex-presidente prejudica os republicanos.
"Se a eleição for um referendo sobre as políticas de Joe Biden e os fracassos que vimos, e apresentarmos uma visão positiva para o futuro, ganharemos a presidência e teremos a chance de mudar o rumo do país", declarou DeSantis.
"Se, por outro lado, as eleições não forem sobre 20 de janeiro de 2025, mas sobre 6 de janeiro de 2021, ou qual documento foi deixado ao lado do banheiro de Mar-a-Lago, se for um referendo sobre isso, nós vamos perder", disse.
T.Batista--PC