Portugal Colonial - Ucrânia ataca com drones navio russo em base no mar Negro

Ucrânia ataca com drones navio russo em base no mar Negro
Ucrânia ataca com drones navio russo em base no mar Negro / foto: . - AFP/Arquivos

Ucrânia ataca com drones navio russo em base no mar Negro

A Ucrânia lançou um ataque de drone "bem-sucedido" contra um navio russo na base naval de Novorossiysk, no Mar Negro, informou uma fonte de segurança ucraniana nesta sexta-feira (4), embora a Rússia tenha dito que conseguiu repelir essa ação e outra similar na península anexada da Crimeia.

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As operações militares de ambos os lados no Mar Negro aumentaram desde que a Rússia se retirou em julho de um acordo que permitia à Ucrânia exportar grãos por essa via marítima.

O vídeo obtido pela AFP mostra um drone naval se aproximando de um navio de guerra antes de a transmissão ser interrompida pouco antes do eventual impacto. Uma fonte dos serviços de segurança ucranianos (SBU) confirmou a autenticidade das imagens. Outra fonte de segurança ucraniana disse que o ataque contra o navio de desembarque russo "Olenegorski Gornyak" em Novorossiysk, foi "bem-sucedido".

"Este navio de guerra, em particular, era o alvo" da missão de drone, enfatizou.

A Rússia afirmou que as Forças Armadas ucranianas tentaram atacar a base naval de Novorossiysk, com a ajuda de dois navios não tripulados, os quais foram "detectados e destruídos".

A frota russa no Mar Negro foi atacada em várias ocasiões desde o início da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, e esses ataques se intensificaram nas últimas semanas.

"Se porá fim à presença da frota russa no Mar Negro", declarou o conselheiro presidencial ucraniano, Mikhailo Podoliak, nas redes sociais.

"A Ucrânia garantirá liberdade e segurança no Mar Negro para o comércio mundial", acrescentou.

Novorossiysk é um importante porto petroleiro, que abriga o terminal de um oleoduto de 1.500 km de extensão do oeste do Cazaquistão e das regiões russas ao norte do Mar Cáspio.

Citado pela imprensa russa, o Consórcio do Duto do Cáspio, que administra a infraestrutura, garantiu que esta não foi danificada e que o petróleo continua transitando para os navios atracados no porto.

- Ataque com drones contra Crimeia -

A Rússia afirmou na terça-feira que impediu um ataque com drones ucranianos contra barcos de patrulha no Mar Negro, 340 km ao sudoeste de Sebastopol, a base da frota russa na Crimeia. Uma semana antes, o Kremlin anunciou que impediu uma ação similar.

As tropas russas derrubaram 13 drones que atacaram a península da Crimeia na madrugada de sexta-feira, de acordo com o Ministério da Defesa, que não relatou vítimas, ou danos.

A Ucrânia, que iniciou uma contraofensiva em junho para tentar retomar territórios ocupados pela Rússia, com progressos modestos até o momento, afirma que tem a intenção de recuperar a Crimeia.

- Ministro na frente de batalha -

O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, viajou para a zona de operação na Ucrânia para inspecionar um posto de comando e ter reuniões com alguns comandantes militares, anunciou o Exército.

Shoigu recebeu um relatório sobre a atual situação na frente de batalha e "elogiou os comandantes e militares pelas ações ofensivas" na área Lyman, leste da Ucrânia, informou o Exército russo em um comunicado, que não revela a data da visita.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, admitiu na quinta-feira que a contraofensiva enfrenta uma grande resistência e que foram registrados combates "muito violentos" em áreas cruciais de Lyman, Bakhmut e Avdiivka, no leste, assim como no sul do país.

"Os ocupantes tentam frear meninos com todas as suas forças. Os combates são muito violentos, mas "pouco importa o que o inimigo faça, o Exército ucraniano está se impondo", declarou.

Em 2022, a Ucrânia recuperou partes do território ao redor de Kherson e de Kharkiv em contraofensivas rápidas.

Nos últimos meses, no entanto, as forças ucranianas enfrentaram posições de defesa russas entrincheiradas de modo mais efetivo.

A Ucrânia advertiu que a contraofensiva poderia ser longa e difícil. O país pede aos aliados que enviem mais armas.

Em Viena, a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) da ONU informou que não foram encontradas minas, nem explosivos, no local da planta nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, sob controle russo.

G.Teles--PC