Portugal Colonial - Rússia afirma que impediu ataque ucraniano contra base no Mar Negro

Rússia afirma que impediu ataque ucraniano contra base no Mar Negro
Rússia afirma que impediu ataque ucraniano contra base no Mar Negro / foto: STRINGER - AFP/Arquivos

Rússia afirma que impediu ataque ucraniano contra base no Mar Negro

A Rússia afirmou nesta sexta-feira (4) que impediu ataques ucranianos com drones contra uma base naval no Mar Negro e contra a península anexada da Crimeia, em um momento de intensificação das operações da Ucrânia em território russo.

Tamanho do texto:

"Durante a noite, as Forças Armadas ucranianas, com a ajuda de dois barcos sem tripulação, tentaram atacar a base naval de Novorossiysk", sul da Rússia, anunciou o Ministério da Defesa no Telegram.

"Os botes sem tripulação foram detectados visualmente e destruídos por disparos dos navios russos que protegiam a base", acrescenta a nota.

Novorossiysk também é um importante porto de petróleo que abriga o terminal de um oleoduto de mais de 1.500 km de extensão, que começa no oeste do Cazaquistão e passa pelas regiões russas ao norte do Mar Cáspio.

A maior parte do petróleo cazaque destinado à exportação transita por este oleoduto.

O Consórcio do Oleoduto do Cáspio, que administra a infraestrutura, afirmou que o local não sofreu danos e que o petróleo continua sendo transportado para os navios atracados no porto.

- Drones contra a Crimeia -

A frota russa no Mar Negro foi atacada em várias ocasiões desde o início da operação militar na Ucrânia, em fevereiro de 2022, em particular nas últimas semanas.

A Rússia afirmou na terça-feira que impediu um ataque com drones ucranianos contra barcos de patrulha no Mar Negro, 340 km ao sudoeste de Sebastopol, a base da frota russa na Crimeia. Uma semana antes, o Kremlin anunciou que impediu uma ação similar.

As tropas russas derrubaram 13 drones que atacaram a península da Crimeia na madrugada de sexta-feira, de acordo com o Ministério da Defesa, que não relatou vítimas ou danos.

A Ucrânia, que iniciou uma contraofensiva em junho para tentar retomar territórios ocupados pela Rússia, com progressos modestos até o momento, afirma que tem a intenção de recuperar a Crimeia.

Esta península anexada em 2014 é um alvo de Kiev desde o início da ofensiva de Moscou, mas os ataques se tornaram mais intensos nas últimas semanas.

Em julho, drones lançados pela Ucrânia provocaram uma explosão em um depósito de munições e danificaram uma ponte estratégica que liga a Rússia com esta península.

As autoridades designadas por Moscou para a região anunciaram no domingo que 25 drones ucranianos haviam sido destruídos na Crimeia.

Ao mesmo tempo, a Rússia ataca a região de Odessa, às margens do Mar Negro, desde que Moscou abandonou no mês passado o acordo que permitia a exportação de grãos ucranianos.

- Ministro na frente de batalha -

O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, viajou à zona de operação na Ucrânia para inspecionar um posto de comando e ter reuniões com alguns comandantes militares, anunciou o Exército.

Shoigu recebeu um relatório sobre a atual situação na frente de batalha e "elogiou os comandantes e militares pelas ações ofensivas" na área Lyman, leste da Ucrânia, informou o Exército russo em um comunicado, que não revela a data da visita.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, admitiu na quinta-feira que a contraofensiva enfrenta uma grande resistência e que foram registrados combates "muito violentos" em áreas cruciais de Lyman, Bakhmut e Avdiivka, no leste, assim como no sul do país.

"Os ocupantes tentam frear meninos com todas as suas forças. Os combates são muito violentos, mas "pouco importa o que o inimigo faça, o Exército ucraniano está se impondo", declarou.

Em 2022, a Ucrânia recuperou partes do território ao redor de Kherson e de Kharkiv em contraofensivas rápidas.

Nos últimos meses, no entanto, as forças ucranianas enfrentaram posições de defesa russas entrincheiradas de modo mais efetivo.

A Ucrânia advertiu que a contraofensiva poderia ser longa e difícil. O país pede aos aliados que enviem mais armas.

P.Serra--PC