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Sánchez visita Kiev no início da presidência espanhola da UE
O presidente de Governo da Espanha, Pedro Sánchez, chegou a Kiev, neste sábado (1º), para dar início à presidência espanhola da União Europeia (UE) e expressar a "solidariedade" do bloco ao país em guerra.
Durante sua visita, deve se reunir com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que continua pedindo mais rapidez nas entregas de armas ocidentais.
"Já em Kiev. Quis que o primeiro ato da presidência espanhola do Conselho da UE fosse na Ucrânia junto a @ZelenskyyUa [Volodimir Zelensky]. Transmitirei ao seu governo e ao Parlamento toda a solidariedade europeia. Manteremos o apoio ao povo ucraniano até que a paz retorne à Europa", disse Sánchez no Twitter.
Passados 16 meses da invasão russa da Ucrânia, Kiev afirma estar travando batalhas "ferozes" como parte de sua contraofensiva iniciada no mês passado.
A visita do chefe de Governo espanhol ocorre antes de uma cúpula da OTAN em Vilnius, capital da Lituânia, no final desse mês. Nela, será discutida a futura relação entre a Ucrânia e a aliança militar ocidental.
Sánchez anunciou a visita durante uma reunião do bloco na quinta-feira, assegurando que o objetivo é demonstrar o "apoio inabalável" da UE a Kiev.
A Ucrânia recebeu o status de candidato à UE há um ano e espera começar as negociações formais neste ano sobre quais são os passos a seguir.
Kiev também disse, nesta semana, que havia chegado o momento de a OTAN esclarecer sua postura sobre a candidatura da Ucrânia.
- Contraofensiva -
Nas últimas semanas, as forças ucranianas reivindicaram avanços limitados em sua contraofensiva para recuperar o território que a Rússia tomou depois de lançar sua invasão em grande escala, em fevereiro do ano passado.
Ontem, porém, em uma entrevista publicada pelo jornal americano The Washington Post, o comandante em chefe militar da Ucrânia, Valery Zaluzhny, disse que os planos da contraofensiva de seu país se viram obstaculizados pela falta de armas adequadas, desde aviões de combate modernos até munições de artilharia.
"Incomoda-me", afirmou, explicando que, em seu lugar, os países ocidentais não lançariam uma ofensiva em grande escala sem primeiro ter uma superioridade aérea, o que não ocorre, segundo ele, porque ainda não chegaram os caças F-16 prometidos por seus aliados.
O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Mark Milley, disse, também na sexta-feira, que Washington e seus aliados estão trabalhando para abastecer a Ucrânia.
"Estamos dando a eles o máximo de ajuda possível ", frisou Milley, explicando que os Estados Unidos ainda estão em conversas com a Ucrânia para proporcionar ao país aviões F-16 e mísseis de precisão do tipo ATACMS.
Ele reconheceu que há impaciência com o ritmo da contraofensiva.
"Claro, está um pouco lenta, mas isso faz parte da natureza da guerra", disse.
Ainda na sexta-feira, um funcionário americano confirmou à AFP que o diretor da CIA, William Burns, viajou recentemente para a Ucrânia, onde se reuniu com seu homólogo no país e com o presidente Zelensky.
Durante sua viagem, Burns reafirmou "o compromissos dos Estados Unidos de compartilhar Inteligência para ajudar a Ucrânia a se defender da agressão russa", disse o funcionário americano.
A.Aguiar--PC