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Ataque perto de assentamento israelense na Cisjordânia deixa 4 mortos e 4 feridos
Quatro pessoas morreram e quatro ficaram feridas, nesta terça-feira (20), em um ataque a tiros perto do assentamento israelense Eli na Cisjordânia ocupada, informou o Magen David Adom (MDA, o equivalente israelense da Cruz Vermelha).
A identidade dos agressores e a nacionalidade dos mortos ainda são desconhecidas.
O exército israelense disse que "um civil que estava na área neutralizou um dos terroristas", mas não forneceu mais detalhes. As tropas israelenses lançaram uma operação para procurar outros suspeitos.
O ataque ocorreu um dia depois de outro ataque israelense na cidade de Jenin, na Cisjordânia, que deixou seis palestinos mortos.
Quase três milhões de palestinos vivem na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967. Cerca de 490.000 israelenses também vivem lá, estabelecidos em colônias consideradas ilegais pelo direito internacional, segundo a ONU.
- Seis mortos em Jenin -
Os confrontos deixaram outros 90 palestinos e oito membros das forças israelenses feridos.
A princípio, as autoridades palestinas relataram cinco mortes, mas o Ministério da Saúde elevou o número de mortos para seis nesta terça-feira.
Amjad Aref Fayyad Abou Jaas, de 48 anos, morreu por "ferimentos críticos no abdômen no bombardeio da ocupação [israelense]", disse o ministério.
Sua pele foi coberta por uma bandeira palestina durante o funeral em uma mesquita de Jenin, que contou com a presença de dezenas de pessoas, incluindo homens armados encapuzados.
Um porta-voz do grupo islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, Hazem Qassem, disse que o ataque desta terça-feira foi uma "resposta aos crimes da ocupação [israelense]" em Jenin e outros locais.
- Forças israelenses matam palestino -
As forças israelenses também mataram um membro palestino da Jihad Islâmica na noite de segunda-feira no sul da Cisjordânia ocupada, após intensos confrontos em Jenin, informou o Ministério da Saúde palestino.
Zakaria Mohamed al Zaoul, de 20 anos, foi atingido por "munição real da ocupação (israelense, ndr) na cabeça, na cidade de Husan", perto de Belém, disse em nota. Ele era membro da Jihad Islâmica, segundo comunicado desse grupo armado.
O exército israelense afirmou que suas tropas estavam realizando "atividades de rotina" na cidade quando "um suspeito jogou coquetéis molotov" contra elas.
"Os soldados responderam com fogo real", acrescentou.
A agência oficial de notícias palestina Wafa informou que os militares usaram munições, gás lacrimogêneo e granadas de luz durante confrontos com jovens palestinos.
Desde o início do ano, pelo menos 166 palestinos, 21 israelenses, um ucraniano e um italiano morreram no conflito israelense-palestino, de acordo com uma contagem da AFP com base em fontes oficiais israelenses e palestinas.
Esses números incluem, do lado palestino, combatentes e civis, incluindo crianças. Do lado israelense, uma maioria de civis, incluindo menores, e três membros da minoria árabe.
J.Oliveira--PC