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Lasso descarta candidatura em eleições antecipadas no Equador
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, descartou, nesta sexta-feira (2), disputar o mesmo cargo nas eleições gerais antecipadas de 20 de agosto, que serão realizadas depois que o presidente dissolveu o Congresso para evitar ser destituído em um julgamento político.
"Após uma reflexão profunda, quero anunciar que não aceitarei a candidatura à presidência nas eleições de agosto", declarou o presidente de direita em discurso na sede do governo, em Quito. “Este não é, nem de longe, um ponto final" para o governo, que começou em maio de 2021 e cujo mandato de quatro anos será concluído por quem vencer as eleições, acrescentou.
Lasso aplicou a Constituição para dissolver a Assembleia Nacional, unicameral, em 17 de maio, diante de uma "grave crise política e comoção interna", o que resultou no chamado a eleições antecipadas. “Para mim, não faz sentido fazer campanha quando o país precisa que eu me dedique aos cidadãos, quando ainda há metas a alcançar e desafios a superar”, manifestou.
Apesar da violência ligada ao narcotráfico e da instabilidade política, o país se mantém calmo após a dissolução do Parlamento, que não gozava de credibilidade. A aceitação do presidente caiu para 10%, e a do Congresso, para 2%, no começo de maio, segundo a empresa de pesquisas privada Perfiles de Opinión.
O prazo para a inscrição de candidatos vence no próximo dia 10, sem que ninguém o tenha feito até o momento para a presidência. O líder da maior organização indígena do país (Conaie), Leonidas Iza, também descartou uma candidatura, argumentando que o braço político do grupo está dividido.
E.Borba--PC