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Musk defende suas decisões polêmicas à frente do Twitter
Elon Musk defendeu nesta terça-feira suas decisões à frente do Twitter e informou que, em breve, passará mais tempo dirigindo a Tesla, ao prometer novos automóveis totalmente autônomos até o ano que vem.
"Vou dizer o que quero, e se a consequência disto for perder dinheiro, que assim seja", declarou, em entrevista transmitida ao vivo pela rede CNBC, após a assembleia geral da Tesla.
O apresentador David Faber havia lhe perguntado por que ele tuitava mensagens tão virulentas e provocativas, como as da noite anterior, quando acusou o investidor judeu e filantropo George Soros de "odiar a humanidade".
Desde que Musk comprou o Twitter, há seis meses, vários anunciantes deixaram a plataforma, que flexibilizou a moderação de conteúdos problemáticos e permitiu o retorno de figuras banidas, como o ex-presidente Donald Trump.
O milionário também defendeu as demissões em massa no Twitter, necessárias, segundo ele, para “chegar ao equilíbrio”, e a proibição que impôs ao trabalho remoto em nome da produtividade e da “moral”.
"Querem que todo mundo vá trabalhar, o operário de fábrica, o chef de restaurante, para lhes entregar comida, mas eles, não! É um absurdo!", criticou, ressaltando que só tira dois ou três dias de férias por ano.
Musk nomeou recentemente Linda Yaccarino, figura da mídia e publicidade nos Estados Unidos, CEO do Twitter. O milionário seguirá responsável pela tecnologia da rede social, mas pretende, sobretudo, dedicar mais tempo à Tesla, em particular ao desenvolvimento da inteligência artificial (IA) nos veículos elétricos.
"Acredito que a Tesla terá um momento ChatGPT. Eu diria, no mais tardar, no próximo ano", declarou Musk, referindo-se ao programa de IA adotado por milhões de pessoas em todo o mundo.
“De repente, 3 milhões de carros irão andar sozinhos, sem ninguém” ao volante, afirmou, graças à IA e a uma simples atualização remota do computador de bordo.
M.A.Vaz--PC