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AFP presta um minuto de silêncio a Arman Soldin, seu jornalista morto na Ucrânia
Os jornalistas e empregados da AFP prestaram, nesta quinta-feira (11), um minuto de silêncio em todo o mundo, em homenagem a Arman Soldin, seu colega morto na terça-feira (9) em um bombardeio na Ucrânia.
"Arman representava o melhor da AFP", destacou Phil Chetwynd, diretor de Informação da Agence France-Presse (AFP).
Centenas de jornalistas participaram da homenagem na sede da agência em Paris, seguido igualmente por videoconferência nas sucursais de todo o mundo.
"Sentimos uma profunda tristeza por sua perda, mas estamos imensamente orgulhosos de seu trabalho como jornalista", indicou Chetwynd.
Soldin "era uma pessoa maravilhosa, um jornalista incrivelmente entregue, que pensava que seu trabalho podia tornar o mundo melhor. Estava na Ucrânia, porque acreditava nisso, é muito importante recordá-lo", acrescentou.
Arman Soldin, coordenador de vídeo da AFP na Ucrânia, de 32 anos, morreu na terça-feira em um ataque de foguetes russos no leste da Ucrânia. Seu falecimento provocou uma onda de homenagens no mundo.
O cinegrafista fazia parte de uma equipe de cinco repórteres da AFP que acompanhava soldados ucranianos próximo à cidade sitiada de Bakhmut, epicentro dos combates há meses.
Uma série de projéteis Grad o atingiu, apesar de ter se jogado no chão para se proteger.
A Promotoria antiterrorista francesa abriu uma investigação por possível crime de guerra, esperando determinar com precisão as circunstâncias da tragédia.
A AFP "está à disposição da promotoria", destacou seu presidente, Fabrice Fries, na quinta pela manhã.
"As missões na frente de batalha estão suspensas por alguns dias", indicou Fries, apontando que a prioridade atual era "se ocupar da família" de Soldin e "da equipe que está na Ucrânia e viveu esse drama".
Soldin é pelo menos o décimo-primeiro repórter, guia ou motorista de jornalistas que perdeu a vida na Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, segundo um registro das ONGs especializadas Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
G.Teles--PC