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Ex-apresentador da Fox News Tucker Carlson fará programa no Twitter
Apenas alguns dias depois de deixar a emissora Fox News, o apresentador Tucker Carlson anunciou, nesta terça-feira (9), que difundiria um novo programa no Twitter, uma plataforma "não partidária", segundo ele.
Seu programa "Tucker Carlson Tonight", exibido na Fox News, reuniu em média 3,3 milhões de telespectadores em 2022: a audiência mais alta da programação vespertina das emissoras de notícias americanas.
O apresentador é conhecido por suas posturas radicais e seu gosto por teorias da conspiração.
Sua chegada ao Twitter acontece no momento em que muitos observadores denunciam um aumento dos conteúdos de ódio na plataforma desde que ela foi adquirida pelo bilionário Elon Musk em outubro.
"Não existem muitas plataformas que permitem a liberdade de expressão" explicou Carlson em um tuíte nesta terça. "A última no mundo, a única, é o Twitter".
Diversas redes foram lançadas recentemente com o argumento de defender a liberdade de expressão, em especial Gab, Parler, Gettre e Truth social, esta última criada pelo ex-presidente americano Donald Trump.
"O Twitter não é partidário", declarou Carlson. "Todo o mundo pode entrar nele e acreditamos que isso é bom".
O apresentador de 52 anos propõe, no Twitter, "uma nova versão do programa" que ele fazia "há seis anos e meio" na emissora de propriedade do magnata Rupert Murdoch.
Apesar de a Fox News não ter dado um motivo para a saída de Carlson, acredita-se que a mesma ocorreu principalmente por uma série de mensagens que vieram à tona durante o processo de difamação da fabricante de urnas eletrônicas Dominion Corporation contra o grupo midiático.
Essas correspondências revelaram que o apresentador exibia publicamente acusações de fraude eleitoral no pleito presidenciais de 2020, enquanto, em particular, expressava sérias dúvidas sobre a veracidade dessas acusações.
As mensagens também continham duras críticas aos jornalistas da Fox News.
Para evitar um julgamento de resultado bastante incerto, a Fox News aceitou pagar 787,5 milhões de dólares (cerca de R$ 3,9 bilhões na cotação da época) à Dominion, que tinha sido denunciada, sem provas, como instrumento de uma suposta fraude nas eleições de 2020 nos Estados Unidos.
P.Sousa--PC