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Junta militar de Mianmar liberta mais de 2.100 dissidentes
A junta que governa Mianmar anunciou nesta quarta-feira (3) o perdão a mais de 2.100 pessoas que foram detidas com base em uma lei que criminaliza o estímulo da oposição aos militares.
Os militares perdoaram "2.153 prisioneiros que cumprem sentenças com base na seção 505 (a) do Código Penal para marcar o Dia da Lua Cheia de Kasone", um feriado budista, informou a junta militar em um comunicado.
A lei, que determina sentença de até três anos prisão, foi amplamente utilizada pela junta para reprimir os opositores desde que o exército tomou o poder no país com um golpe, em fevereiro de 2021.
Os militares ordenaram os indultos "para a paz de espírito do povo e por motivos humanitários", afirma o comunicado.
Mas os reincidentes deverão cumprir o restante de suas sentenças com uma pena adicional, acrescenta a nota.
Mais de 21.000 pessoas foram detidas desde que os militares derrubaram o governo civil de Aung San Suu Kyi com um golpe que levou o país a um cenário de caos, de acordo com organizações locais.
Ao menos 170 jornalistas foram detidos desde o golpe, segundo a ONU.
O país concede com frequência anistias a milhares de prisioneiros por ocasião dos feriados budistas.
Nogueira--PC