Portugal Colonial - Justiça eleitoral do Paraguai descarta fraude nas eleições presidenciais

Justiça eleitoral do Paraguai descarta fraude nas eleições presidenciais
Justiça eleitoral do Paraguai descarta fraude nas eleições presidenciais / foto: DANIEL DUARTE - AFP

Justiça eleitoral do Paraguai descarta fraude nas eleições presidenciais

A justiça eleitoral do Paraguai descartou nesta terça-feira (2) a possibilidade de fraude nas eleições presidenciais do último domingo, denunciada pelo candidato da terceira força, Paraguayo Cubas, cujos simpatizantes se manifestaram em vários pontos do país.

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De acordo com a autoridade eleitoral, o conservador Santiago Peña do Partido Colorado venceu com 42% dos votos o seu principal rival, Efraín Alegre, da opositora Concertación Nacional, que acumulou 27%. Cubas obteve 22%.

"Não há nenhuma possibilidade de fraude. Os resultados das eleições são expressões da cidadania, gostemos ou não", disse Carlos Ljubetich, porta-voz do tribunal, em coletiva de imprensa nesta terça.

"Se os representantes legais tiverem alguma prova e denúncia formal de fraude, pode-se solicitar a abertura da terceira ata que está em posse dos juízes eleitorais para comparar os resultados", explicou.

A polícia relatou pelo menos 70 detidos, dos quais 54 foram sumariados por "perturbação da paz pública", entre outras acusações, informou um porta-voz da Procuradoria-Geral do Estado à AFP sobre os incidentes de segunda e terça-feira.

Cubas, ex-candidato à Presidência do Paraguai pela Cruzada Nacional, convocou a mobilização de seus seguidores denunciando "uma fraude monumental" a favor do governista Peña.

Ljubetich rejeitou essa possibilidade. "Na prática, ninguém diz onde foi a fraude, só dizem estar seguros de ter tido mais votos, mas isso acontece com todos os candidatos e isso não pode ser uma justificativa para declarar que houve fraude; então, revisemos as atas e façamos o que cabe", afirmou.

O presidente eleito do Paraguai, o conservador Santiago Peña, também fez um apelo à tranquilidade e pediu segurança ao governo para garantir a legitimidade do sufrágio.

"Vínhamos anunciando que havia alguns atores que não reconheceriam o resultado eleitoral", disse Peña em coletiva de imprensa.

Os partidários de Cubas provocaram destruição, incêndios e lançaram pedras em confrontos com a polícia. Nas redes, voltaram a convocar a mobilização permanente em frente ao tribunal onde é realizada a contagem oficial de votos.

- Presidente eleito pede calma -

"O que hoje pedimos ao governo é a segurança e a tranquilidade que todos precisamos", expressou o futuro chefe de Estado, de 44 anos, que terá um mandato de cinco anos a partir de 15 de agosto, em substituição ao presidente Mario Abdo Benítez.

Peña apresentou à imprensa dois representantes que serão responsáveis pela transição com o governo atual.

O presidente afirmou que Cubas representa "o anarquismo, a instabilidade, a queima de instituições públicas. Eu acredito que é parte de uma estratégia para tentar capitalizar a raiva de muita gente, a frustração, a falta de oportunidades".

Segundo Peña, os partidários de Cubas podem estar insatisfeitos com o resultado da votação de domingo, mas essa raiva "não pode ser resolvida simplesmente dizendo: vamos incendiar o país".

F.Moura--PC