Portugal Colonial - Aliados ocidentais prometem apoio 'firme' à Ucrânia em reunião na Alemanha

Aliados ocidentais prometem apoio 'firme' à Ucrânia em reunião na Alemanha
Aliados ocidentais prometem apoio 'firme' à Ucrânia em reunião na Alemanha / foto: Sergey Bobok - AFP

Aliados ocidentais prometem apoio 'firme' à Ucrânia em reunião na Alemanha

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse nesta sexta-feira (21) que o apoio internacional à Ucrânia continua "verdadeiro e firme" na abertura de uma reunião na Alemanha com seus aliados para discutir novas ajudas a Kiev.

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Na véspera das negociações, envolvendo representantes de 50 países, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pediu aos aliados ocidentais que enviem mais caças e mísseis de longo alcance.

Zelensky fez seus pedidos diretamente ao secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, que visitou Kiev antes de seguir para Ramstein (Alemanha).

"Nosso apoio às forças da liberdade na Ucrânia continua firme e verdadeiro", declarou Austin na base aérea de Ramstein.

“Na reunião do Grupo de Contato de hoje, vamos nos concentrar em três questões principais: defesa aérea, munições e facilitadores”, disse Austin, referindo-se à logística e outros apoios que permitem a operação das unidades militares.

Zelensky pediu a ajuda da Otan para "superar a relutância" de alguns Estados-membros em fornecer foguetes de longo alcance, aviões de combate modernos e veículos blindados.

A reunião de Ramstein atraiu a ira de Moscou. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que a ação dos aliados "confirma seu envolvimento direto no conflito e envolvimento no planejamento de operações militares".

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, também acusou a Otan de tentar "absorver e arrastar a Ucrânia para a aliança", mostrando que a Rússia estava certa em "lançar esta operação" para garantir sua segurança.

Alguns membros da Otan enviaram caças da era soviética para a Ucrânia, mas até agora nenhuma aeronave moderna, como o F-16 projetado pelos EUA, apesar dos apelos de Kiev nesse sentido.

Os parceiros ocidentais da Ucrânia também relutam em enviar foguetes de longo alcance por medo de que a Ucrânia os use para atacar alvos dentro da Rússia.

Apesar disso, Stoltenberg reconheceu a necessidade de se falar em novas “plataformas” de apoio ao conflito, já no seu segundo ano, e sublinhou a necessidade de garantir que as armas já fornecidas continuem funcionando.

"Acho que às vezes subestimamos toda a logística necessária para colocar os principais tanques de batalha operacionais, então talvez seja um pouco mais chato, mas a logística é extremamente importante", disse ele.

"Agora, esta é uma batalha de atrito e uma batalha de atrito se torna uma guerra de logística", disse o chefe da Otan.

A reunião de Ramstein começou com conversas "frutíferas" sobre ajuda militar entre representantes de Kiev e seus colegas americanos, disse o ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, no Twitter.

- Defesa antiaérea -

Nesta semana, a Ucrânia disse ter recebido de seus aliados os primeiros sistemas de defesa aérea Patriots, considerados um dos mais avançados dos Estados Unidos. A Alemanha também entregou o prometido sistema de mísseis antiaéreos Iris-T.

A Ucrânia há muito tempo exigia esse material de seus aliados ocidentais para se defender contra ataques de mísseis russos e repelir a invasão.

Na região de Luhansk, no leste da Ucrânia, jornalistas da AFP viram um grupo de soldados usando artilharia fornecida pelo Reino Unido.

Nesta área, a vários quilômetros das posições russas, os militares trabalharam com a peça de artilharia fixada ao solo. Um carregava projéteis na arma enquanto outros ajustavam as coordenadas e carregavam a arma antes do comando final "Fogo!".

Durante a visita de Stoltenberg a Kiev, o chefe da Otan sublinhou que a entrada da Ucrânia na aliança não é uma prioridade imediata.

"Todos os aliados da Otan concordaram que a Ucrânia se torne um membro da Otan, mas o foco principal agora é, obviamente, como garantir que a Ucrânia prevaleça", disse ele.

"Sem uma Ucrânia soberana e independente, não faz sentido falar em adesão", afirmou.

E.Ramalho--PC