- Biden pede que relação dos EUA com México e Canadá não seja prejudicada
- Presidência romena comprova 'ciberataques' em primeiro turno das eleições
- Sheinbaum descarta ‘guerra comercial’ com EUA após conversa com Trump
- Combates entre exército e jihadistas deixam mais de 200 mortos no norte da Síria
- Putin diz que não quis 'assustar' Merkel com seu cachorro
- Camavinga sofre lesão na coxa e vira desfalque no Real Madrid
- Frank Lampard é anunciado como técnico do Coventry, da 2ª divisão inglesa
- Mick Schumacher deixará Mercedes ao final da temporada da F1
- Tensão comercial à vista: mundo se prepara para tarifas de Trump
- Empresas dos EUA reduzem políticas de diversidade diante do lobby conservador
- Iga Swiatek é suspensa por 1 mês após exame antidoping positivo
- A Hungria de Orban, uma terra de asilo esportivo para Israel
- Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais
- Rússia ataca sistema energético ucraniano em resposta ao uso de mísseis ATACMS contra o seu território
- Artistas mulheres em Cuba levantam a voz contra a violência e o racismo
- Tempos difíceis para as democracias liberais após ano eleitoral recorde
- Exército do Líbano envia soldados ao sul do país no segundo dia de trégua
- Gangues suecas recrutam menores como matadores de aluguel nas redes sociais
- COP16 da biodiversidade será retomada em fevereiro em Roma
- Nevasca deixa três mortos na Coreia do Sul
- Rapper P. Diddy tem liberdade condicional negada
- Governo anuncia corte de R$ 70 bilhões em gastos públicos
- Fóssil de crocodilo de entre 10 a 12 milhões de anos é descoberto no Peru
- Dortmund vence Dínamo de Zagreb (3-0) e fica entre os líderes na Champions
- Autoridades pedem que não se use lago salgado nos EUA para 'marinar' perus de Ação de Graças
- Presidente palestino prepara terreno para sucessão
- Aston Villa e Juventus empatam sem gols na Champions
- Liverpool vence Real Madrid (2-0) e se mantém 100% na Champions
- Morre em Israel o homem que executou Eichmann na forca
- F1 renova contrato com circuito de Monza até 2031
- Presidente eleito do Uruguai viajará ao Brasil para encontro com Lula
- Ambientalistas salvadorenhos denunciam criminalização de sua luta
- Vídeo de Kamala Harris é alvo de chacota entre republicanos
- Nicarágua faz nova concessão de mineração a empresa chinesa
- EUA sanciona chefes de segurança e ministros de Maduro por 'repressão'
- Regulação das redes sociais chega ao STF
- Gabriel Milito, da corda bamba à final da Libertadores
- Lula diz que França 'não apita' em acordo UE-Mercosul
- Artur Jorge, o 'caça-fantasmas' do Botafogo
- Trump nomeia general reformado como enviado para Ucrânia e Rússia
- Ex-presidente argentino Fernández depõe por suposta administração fraudulenta
- Francês que submetia esposa a estupros era 'bom pai e avô', diz sua advogada
- Cerca de cem cartas eróticas do pintor francês Gustave Courbet são reveladas
- EUA sanciona chefes de segurança e ministros de Maduro por 'repressão' na Venezuela
- Lamine Yamal vence o prêmio Golden Boy de melhor jogador sub-21 do ano
- Fifa destinará mais de R$ 290 milhões para OMS, OMC e Acnur
- México afirma que EUA daria ‘tiro no pé’ com tarifa de 25% sobre importações
- Inflação a 12 meses nos EUA sobe para 2,3% em outubro
- Dieta alimentar dos dinossauros explica sua supremacia
- Luis Suárez renova com o Inter Miami até o final de 2025
'Filhos' da diáspora venezuelana vestem a camisa da seleção 'Vinotinto'
Nasceram no exterior ou deixaram o país ainda garotos com suas famílias, em meio à onda migratória provocada por uma crise asfixiante. Hoje, vestem a camisa 'Vinotinto': a seleção de futebol da Venezuela aposta nos "filhos" da diáspora.
"As portas se abrem para o futuro", declara à AFP um desses "garotos", o meio-campista Nicola Profeta, que aos 18 anos foi lembrado nas últimas convocações do técnico da Venezuela, o argentino Fernando 'Bocha' Batista, nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
"Eu me sinto orgulhoso e, o mais importante, feliz por representar a Venezuela", acrescentou Profeta em entrevista após o treino com o time sub-20 do Santos, onde joga, antes de viajar para se concentrar com a seleção.
Nascido na cidade de Lechería, no norte do país, Profeta tinha 11 anos quando deixou a Venezuela em 2017, no pico de uma crise econômica que, segundo as nações Unidas, levou quase 8 milhões de venezuelanos a migrar, num momento de hiperinflação, grave escassez de alimentos básicos com várias filas em supermercados e protestos massivos.
"Era fila, fila e fila. São lembranças que ficam marcadas por toda a vida", diz o jogador sobre as circunstâncias nas quais foi com seu pai, sua mãe e seus dois irmãos à vizinha Colômbia. Lá, se formou nas categorias de base do Deportivo Cali.
Profeta defendeu e foi capitão das seleções sub-15 e sub-17 da Colômbia, antes de escolher a Venezuela para disputar o Mundial Sub-17 do ano passado, na Indonésia. Ele tem tripla nacionalidade: venezuelana, colombiana e italiana.
"Agradeço à Colômbia pela oportunidade que me deu, mas a Venezuela é o meu país", ressalta.
- Torre de Babel -
Yiandro Raap (PSV Eindhoven, Holanda), Alessandro Milani e Lorenzo D'Agostini (Lazio, Itália), Daniele Quieto (Inter de Milão, Itália) e Víctor Fung (Inter Miami, EUA), todos nascidos no exterior, integram a lista de convocados da Venezuela para enfrentar Argentina e Paraguai, nos dias 10 e 15 de outubro, pelas Eliminatórias.
Outros nomes que aparecem são os de Leenhan Romero (Universidad Católica, Chile) e Luis Balbo (Fiorentina, Itália), nascidos na Venezuela, mas formados como jogadores em outros países, assim como Profeta.
Esta Torre de Babel não é casual. A Federação Venezuelana de Futebol (FVF) reforça seu trabalho de captação de talentos.
"Estamos acompanhando 530 jogadores fora da Venezuela que estão dentro dos parâmetros exigidos pelas comissões técnicas nacionais", explicou Luis Ángel Sánchez, chefe de scouting da FVF.
São 200 na Colômbia, onde vivem 2,8 milhões de venezuelanos, de acordo com a ONU.
"Parece perfeito, porque existem milhões como eu", diz Profeta sobre esta aposta em promessas no exterior.
"É engraçado porque alguns [dos jogadores] não falam espanhol, só italiano ou só inglês, mas somos todos venezuelanos e todos merecemos a mesma oportunidade", continua.
Nem toda busca por talentos dá certo: Batista convocou Alejandro Gomes (Lyon, França) para os jogos de setembro contra Bolívia e Uruguai, mas o atacante de 16 anos preferiu atender a uma convocação da seleção sub-18 da Inglaterra.
- "Te dão valor" -
As carreiras desses jovens estão apenas começando, com pouquíssimos jogos nos times profissionais de seus clubes. Como são convocados ainda muito novos, eles vão sendo integrados pouco a pouco, sem pressão, à dinâmica da seleção principal.
Muitos completaram ou ainda estão passando pela etapa de juvenil com a Venezuela: Raap, Balbo e Romero coram companheiros de Profeta no Mundial Sub-17 sob o comando de outro técnico argentino, Ricardo Valiño, que trabalha lado a lado com Batista e hoje está à frente da seleção sub-20.
"O amor que sinto por este país é indescritível", publicou no Instagram Raap, cujo pai é de Curaçao e a mãe da Venezuela, e que já jogou pela seleção sub-15 da Holanda. A mensagem em inglês é acompanhada por uma foto sua com a camisa 'Vinotinto'.
"Você sente que te acompanham e te dão valor", diz Sánchez.
As convocações também são uma oportunidade de luxo para treinar com jogadores de referência como Tomás Rincón e Salomón Rondón.
"A gente se lembra de quando os via na televisão quando era criança e agora eles estão aqui com a gente", conta Profeta, que também é companheiro de Rincón no Santos. "Ele me guia".
O objetivo: ver a Venezuela, único país da América do Sul que nunca disputou a Copa do Mundo, deixar esse passado para trás.
"Quero classificar para o Mundial. Esse é o sonho de todo venezuelano", conclui Profeta.
E.Ramalho--PC