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Bia Haddad vence Wozniacki e vai pela 1ª vez às quartas do US Open
Depois de 56 anos de espera, o tênis feminino do Brasil voltou às quartas de final do US Open com a vitória de Bia Haddad nesta segunda-feira (2) sobre a dinamarquesa Caroline Wozniacki, ex-número 1 do mundo.
Bia, 21ª no ranking da WTA, fechou o jogo em 2 sets a 1, com parciais de 6-2, 3-6 e 6-3, em duas horas e 41 minutos na quadra central de Flushing Meadows (Nova York).
"Tentei segurar a emoção no final do jogo, mas agora não consigo", disse a tenista após a vitória, ovacionada pelos brasileiros presentes nas arquibancadas.
"O Brasil é um grande país e sei que muita gente estava torcendo por mim, não só aqui, mas também em suas casas", afirmou a tenista. "O tênis está crescendo no Brasil e eu me sinto honrada por também representar o esporte feminino".
Bia se tornou a segunda brasileira a chegar às quartas de final do US Open depois de Maria Esther Bueno, que alcançou a semifinal em 1968. Sua próxima adversária será a tcheca Karolina Muchova, semifinalista do torneio no ano passado.
O jogo contra Wozniacki foi interrompido por seis minutos devido a uma queda no sistema de arbitragem eletrônica nas quadras de Flushing Meadows quando a brasileira vencia o primeiro set por 5-2.
Em comunicado, os organizadores atribuíram a falha a um alarme de incêndio acionado no edifício onde está instalado o sistema de vídeo 'Hawk-eye' (Olho de Falcão).
Com a partida reiniciada, Wozniacki reagiu e venceu o segundo set, mas Bia se manteve sólida e quebrou o serviço da dinamarquesa na primeira oportunidade para abrir 3-0 na terceira parcial e administrar a vantagem até selar a vitória.
Aos 34 anos, Caroline Wozniacki saiu da quadra aplaudida pelos mais de 20 mil espectadores depois de salvar um match point correndo de um lado a outro da quadra de forma impressionante.
"Caroline é uma lutadora. Eu a respeito muito. Sua carreira foi e continua sendo incrível", reconheceu Bia. "Quando comecei a jogar profissionalmente, ela ainda estava no topo e é difícil mudar a mentalidade de vê-la na televisão e em pessoa".
A dinamarquesa, duas vezes finalista (2009 e 2014), foi eliminada pelo segundo ano consecutivo nas oitavas de final do US Open, o Grand Slam que obteve seu melhor resultado desde que voltou a jogar em 2023, depois de uma pausa na carreira de três anos, período no qual deu à luz dois filhos.
Ferreira--PC