- Nintendo inaugura seu primeiro museu
- Grandes manifestações na Índia para exigir justiça para médica estuprada e assassinada
- Hezbollah afirma que enfrentou soldados israelenses que tentaram entrar no Líbano
- EUA: candidatos à vice-presidência defendem Donald Trump e Kamala Harris durante debate
- EUA: candidatos à vice-presidência se enfrentam em debate 'de alta intensidade'
- Parlamento da Venezuela anuncia reforma de leis eleitorais e prevê veto a opositores
- Arsenal vence PSG em noite de Champions marcada por goleadas
- Claudia Sheinbaum toma posse como primeira mulher presidente do México
- TotalEnergies anuncia investimentos de US$ 10,5 bi no Suriname
- X afirma que vai pagar multas e Moraes ordena desbloqueio financeiro
- Vidal critica sua ausência e a de demais jogadores da "Geração Dourada" na seleção chilena
- S&P reduz nota da dívida de Israel por riscos de segurança
- Justiça argentina autoriza transferência do corpo de Maradona a pedido de suas filhas
- Para EUA, Irã tem que assumir 'consequências' por ataque a Israel
- Natal na Venezuela? Uma 'chacota miserável', reclamam aposentados
- Milhares comemoram nas ruas a chegada de Sheinbaum à Presidência do México
- Califórnia permitirá cafés dedicados à cannabis, como nos Países Baixos
- Integrante dos Fugees processa Lauryn Hill por fraude
- Guatemala desmantela rede de tráfico de migrantes integrada por policiais
- Leverkusen bate Milan (1-0) com mais um gol de Boniface
- Inter de Milão goleia Estrela Vermelha (4-0) em casa pela Champions
- Condenação geral ao lançamento de mísseis do Irã contra Israel; Hamas saúda ataque
- Câncer de mama avança nos EUA, mas é menos letal, segundo estudo
- Borussia Dortmund atropela Celtic (7-1) pela 2ª rodada da Champions
- Arsenal vence PSG (2-0) na segunda rodada da Liga dos Campeões
- City goleia na visita ao Slovan Bratislava (4-0) pela 2ª rodada da Champions
- Oração e gritos de alegria: Jerusalém tem reações diversas a ataque do Irã
- Barcelona goleia Young Boys (5-0) na Champions com dois gols de Lewandowski
- Flamengo inicia na semifinal da Copa do Brasil 'era Filipe Luís'
- Venezuela volta a contar com Yangel Herrera contra Argentina e Paraguai nas Eliminatórias
- Bruno Fernandes tem suspensão após cartão vermelho contra Tottenham anulada
- Brest goleia RB Salzburg (4-0) e consegue 2ª vitória na Champions
- Mais de 100 pessoas acusam rapper Sean 'Diddy' Combs de abuso sexual
- 'Quem está indo embora é Maduro': opositora venezuelana Machado nega exílio
- Com Mbappé e sem Courtois, Real Madrid visita Lille na 2ª rodada da Champions
- Guarda Revolucionária do Irã ameaça Israel com 'ataques demolidores' se responder a seus mísseis
- Irã dispara mísseis contra Israel em nova escalada de violência
- Ruas vazias após bombardeio russo em Kherson
- Mbappé 'quis viajar para jogar' contra o Lille, diz Ancelotti
- Ex-presidente dos EUA Jimmy Carter completa 100 anos
- Zverev quer defender 2ª posição no ranking da ATP apesar dos problemas de saúde
- Israel anuncia lançamento de ofensiva terrestre no sul do Líbano
- Candidatos à vice-presidência dos EUA se enfrentam em debate de 'alta intensidade'
- Novo governo da França promete sanear finanças e controlar imigração
- Claudia Sheinbaum toma posse como presidente do México
- 'Bobby' Endrick: poucos minutos e muito a dizer no Real Madrid
- Greve em portos dos EUA se inicia com consequências para o comércio
- Incêndio em ônibus escolar deixa pelo menos 23 mortos na Tailândia
- Francês Arthur Fils é campeão do ATP 500 de Tórquio
- Alcaraz bate Medvedev e vai enfrentar Sinner na final do ATP 500 de Pequim
Paquistão comemora ouro no lançamento de dardo com Arshad Nadeem, seu herói inesperado
Não era o favorito e faturou a medalha de ouro batendo o recorde olímpico no lançamento de dardo: Arshad Nadeem superou a falta de recursos e deu um ouro histórico ao Paquistão.
Durante muito tempo, Arshad treinou com um bastão e uma corda improvisados, algo que dá ainda mais méritos ao feito do paquistanês de 1,90m e 27 anos, pai de dois filhos, que levou euforia a seu país.
"Ele conseguiu o impossível e fez história. Todo o mundo estava olhando para o meu irmão. Ele trouxe a nossa primeira medalha depois de 21 anos, e logo de ouro", comemora seu irmão mais velho, Muhammad Azeem.
Em volta dele, em Mian Channu, na província de Punjab, fronteiriça com a Índia, a festa era total.
"Arshad Nadeem é de Mian Channu. Veio para cá de um pequeno povoado e levou as cores do Paquistão ao topo do mundo", afirma com orgulho Rasheed Ahmed (69 anos), treinador que percebeu seu talento esportivo em 2011.
Mas ninguém poderia prever que Arshad conseguiria uma medalha de ouro olímpica, muito menos no lançamento de dardo.
- Existe vida além do críquete? -
Como a imensa maioria dos paquistaneses, Arshad só podia sonhar com um esporte: o críquete.
Enquanto se preparava para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021, ele admitiu à AFP que talvez tivesse chances de chegar à seleção do Paquistão se seguisse carreira no esporte, o mais popular no país.
Mas a vida lhe reservou outro destino. Seguindo os conselhos de um de seus irmãos, escolheu o atletismo, um esporte mais imediato que o críquete, cujos jogos podem durar vários dias.
A gestão de tempo era importante. Sua família, de sete irmãos e irmãs, precisava dele.
Em um país onde% da população vive abaixo da linha da pobreza, o objetivo número um é suprir as necessidades de todos, então Arshad teve que trabalhar desde muito cedo por decisão de seu pai, um pedreiro agora aposentado.
Arshad Nadeem se casou e teve dois filhos. Em seu tempo livre, continuava sonhando com o atletismo e praticava arremesso de peso, de dardo, de disco e de martelo, assim como salto em distância, salto em altura, salto triplo e 100 metros rasos, disse ele mesmo em 2021.
Sua vida mudou em 2015, quando foi contratado pelo Escritório Paquistanês de Águas e Eletricidade, uma autoridade governamental que conta com orçamento para apoiar talentos esportivos.
Lá ele também descobriu que o esporte envolve sacrifícios: treinos intensivos, dietas rigorosas, várias lesões nos joelhos e cotovelos e viagens.
Na quinta-feira, no Stade de France, seus sacrifícios foram recompensados e o Paquistão conquistou sua primeira medalha olímpica no atletismo.
Com um lançamento de 92,97m em sua segunda tentativa, Arshad pulverizou o recorde olímpico em mais de dois metros. O brasileiro Luiz Maurício da Silva, finalista da prova, terminou na 11ª colocação com um lançamento de 80,67m.
- "Um bastão e uma corda" -
O recorde anterior era do indiano Neeraj Chopra, campão olímpico em Tóquio em 2021. Nos últimos anos, os dois se tornaram amigos apesar de virem de dois países que mantêm uma rivalidade histórica.
Ambos dividiram pódios em diferentes competições, mas Chopra, uma estrela em seu país, era até agora o dominador e Arshad permanecia à sua sombra.
Agora, volta como protagonista ao Paquistão, com a primeira medalha olímpica do Paquistão desde 1992, a 15ª na história de um país que nasceu em 1947 depois da partição com a Índia. E a quarta de ouro.
Tudo isso sem contar com uma infraestrutura adequada para o atletismo, como conta à AFP Parvaiz Ahmed, ex-dirigente esportivo de Punjab.
"Os atletas tinham que se contentar com bastões de madeira e uma corda enrolada para simular um dardo", lembra. Frequentemente os treinos aconteciam sob temperaturas próximas aos 45°C.
"Quando vi que Arshad evoluía tanto, conseguimos para ele um dardo de verdade, que trouxemos de Sialkot [cidade a 400 quilômetros]", diz Ahmed.
Em todo caso, o Paquistão não conta com nenhuma infraestrutura profissional de atletismo, já que a prioridade continua sendo os campos de críquete e hóquei sobre grama.
Em março deste ano, Arshad Nadeem contou que treinava com seu único dardo havia sete anos e que só conseguiu outro com os Jogos de Paris batendo à porta.
Mas agora tudo certamente será diferente para ele: políticos e empresários do país já prometeram recompensas e presentes em reconhecimento à façanha em Paris.
P.Cavaco--PC